O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, pediu ontem (2) que Estados-membros, empresários, fundações privadas e outros doadores aumentem suas contribuições para o Fundo Voluntário das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão, a fim de “livrar o mundo desta prática hedionda”. A entidade ajuda a devolver os direitos humanos e a dignidade para milhares de vítimas e suas famílias ao garantir recursos para projetos que oferecem serviços de reabilitação.
Em mensagem pelo Dia Internacional para a Abolição da Escravatura, lembrado hoje, Ban afirmou que é necessário eliminar todas as formas contemporâneas de escravidão, como trabalho forçado, as piores formas de trabalho infantil, casamento forçado e servil, trabalho escravo e tráfico de pessoas.
Estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que quase 21 milhões de pessoas são vítimas do trabalho forçado, presas a situações de extrema exploração, abuso e violência, incluindo violência sexual e baseada no gênero. O secretário-geral lembrou que os mais vulneráveis à exploração e abuso mulheres, crianças, populações indígenas, minorias, pessoas de descendência africana e pessoas com deficiência.
A Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável pede que a comunidade internacional “adote imediatas e efetivas medidas para erradicar o trabalho forçado, acabar com a escravidão moderna e o tráfico de pessoas e garantir a proibição e eliminação das piores formas de trabalho infantil, incluindo o recrutamento e uso de crianças-soldado e até 2025 erradicar todas as formas de trabalho infantil”.