Marcha Republicana convocada para este domingo, dia 11 de janeiro de 2015, em Paris, na França, será uma das maiores manifestações dos últimos anos na capital francesa e deverá reunir mais de 1 milhão de pessoas, entre chefes de Estado intelectuais e religiosos.
A manifestação convocada após o assassinato de 12 jornalistas e cartunistas da publicação satírica Charlie Hebdo, na quarta-feira, reafirmará o repúdio ao terrorismo e à defesa dos valores republicanos, como a liberdade de expressão e de opinião. O número de vítimas subiu para 17 mortos, depois de um ataque de terroristas procurados pela polícia francesa em um mercado, onde fizeram reféns. Os terroristas procurados foram mortos, mas o sistema de alerta permanece em toda a França. Um jornal alemão que republicou as charges do Charlie Hebdo também foi atacado neste fim de semana e teve suas dependências incendiadas elevando a temperatura em toda a Europa.
Entre os políticos que confirmaram presença neste domingo estão chefes de Estado e de governo de Portugal, da Espanha, Itália, do Reino Unido, da Turquia e Alemanha, e representantes do Brasil (a presidenta Dilma Rousseff destacou embaixadores para participarem do ato), da Rússia e do Egito.
Ontem, sábado, dia 10 de janeiro de 2015, foram realizadas manifestações em várias cidades da França, que se repetiram no decorrer do dia de hoje. Segundo a agência de notícias internacionais Lusa, o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, estimou em 700 mil os participantes. Em Lyon, manifestantes saíram às ruas para a convocação de hoje.
Eu sou Charlie é o cartaz mais usado nas manifestações como afirmação de que todos defendem a liberdade de expressão e opinião e são contra atos de terror por conta de intolerância religiosa à críticas. A organização terrorista Al-Qaeda assumiu a autoria do atentado contra a sede do jornal Charlie Hebdo que resultou em 12 mortes na última quarta-feira.