O Google, em parceria com a Lego Education (a marca mais poderosa do mundo e que marca presença em várias ações), a National Geographic, a Scientific American e a Virgin Galatic, lançou este mês a quinta a 5ª edição do Google Science Fair. O objetivo é estimular jovens a pesquisar o mundo. Podem se inscrever estudantes de 13 à 18 anos com projetos científicos de qualquer área do conhecimento com o poder de mudar a vida das pessoas e das comunidades em que vivem.
As inscrições podem ser realizadas aqui, em português, até o dia 18 de maio. É bom conferir todas as regras que se encontram no endereço desse importante prêmio. No total, serão 20 vencedores dos quais 1 receberá uma bolsa US$ 100 mil para pesquisa e os demais estudos no Google e na Scientific American, além do acompanhamento de reportagens pela National Geographic. Os 20 finalistas também viajarão, junto com um responsável, para a sede do Google em Mountain View, na Califórnia, quando terão a oportunidade de defenderem seus projetos para um grupo de jurados e receberem os prêmios.
A novidade desta edição fica por conta de a premiação reconhecer o talento do Educador Inspirador e oferecer outro para uma comunidade que, com projetos inovadores, tenha encontrado soluções para problemas ambientais e de saúde.
Para se ter uma ideia da importância e da relevância do prêmio, confira os vencedores de 2014 e seus projetos capazes de tornar o mundo um lugar melhor para se viver.
Prêmio da Categoria 13-14 anos:
Americana Mihir Garimella, 14 anos, com o projeto: ROBÔS VOADORES INSPIRADOS EM DROSÓFILAS.
Robôs voadores têm sido usados para uma variedade de tarefas, como missões de busca e salvamento em edifícios em colapso. Nos ambientes em que esses robôs operam, é particularmente importante evitar ameaças em movimento, mas os métodos atuais são limitados e pouco práticos. Meu objetivo foi criar um método mais simples, rápido e prático de evasão de ameaças, inspirado pela maneira como as moscas-das-frutas detectam e respondem a ameaças. Projetei um módulo com sensor leve, modelado de acordo com o sistema visual rudimentar da mosca-das-frutas, e criei algoritmos para modelar a trajetória de ameaças futuras e a rota para escapar delas, imitando os comportamentos de fuga da mosca-das-frutas.
Prêmio da Categoria 15-16 anos e Prêmio Principal:
Irlandesas Ciara Judge, 16 anos, Émer Hickey, 16 anos, Sophie Healy-Thow, 16 anos com o projeto: BACTÉRIAS NATURAIS NO COMBATE À FOME NO MUNDO
Investigamos o uso de bactérias diazotróficas como suporte de germinação e crescimento para culturas de cereais. Usando estirpes naturais de Rhizobium, da família das bactérias diazotróficas, conduzimos um abrangente estudo sobre seu impacto na taxa de germinação e no crescimento subsequente de culturas de cereais como trigo, aveia e cevada. A análise estatística detalhada dos resultados indicou que essas estirpes bacterianas aceleraram a germinação da cultura em até 50% e aumentaram a produção de cevada em 74%. Essa melhoria no desempenho das culturas de cereais poderia ajudar significativamente a combater a crescente escassez de alimentos em escala global e a reduzir o impacto ambiental da agricultura, por meio da diminuição do uso de fertilizantes.
Prêmio da Categoria 17-18 anos:
Canadense Hayley Todesco, 17 anos com o projeto: LIMPEZA DO DESPERDÍCIO DE AREIAS BETUMINOSAS
Este projeto envolveu a concepção, a construção e o teste de eficácia de filtros de areia aplicados como biorreatores na biodegradação de ácidos naftênicos tóxicos. As reduções nas concentrações dos ácidos e o desenvolvimento de grandes biofilmes ao longo de três semanas revelaram que esses novos biorreatores são 14 vezes mais eficientes do que os controles de biorreatores por lotes. A aplicação desses biorreatores econômicos e sustentáveis pode acelerar significativamente a purificação de resíduos em areias petrolíferas.
Prêmio Ciência em Ação da Scientific American:
Americano Kenneth Shinozuka, 15 anos, com o projeto: SENSORES QUE PODEM SER USADOS COMO ACESSÓRIOS DIRECIONADOS PARA A TERCEIRA IDADE
Inventei uma tecnologia confiável de sensores de baixo custo e que podem ser vestidos para detectar, em tempo real, pacientes que estejam fora da cama. O sinal do sensor é emitido pelo peso do corpo do paciente, e aciona, sem a necessidade de fios, um alerta sonoro no smartphone do cuidador. Nesse projeto, desenvolvi um sensor de filme ultrafino e confortável para ser usado na sola do pé, um circuito de sensor do tamanho de uma moeda e ativado por Bluetooth Low Energy (Bluetooth com baixo consumo de energia) e um aplicativo que transforma um smartphone no monitor do cuidador. Com a integração desses componentes críticos, fiz dois protótipos e demonstrei, de forma eficaz, em uma experiência de seis meses, sua confiabilidade e utilidade para proteger pacientes e tranquilizar cuidadores.
Prêmio Voter’s Choice Award:
Indiano Arsh Dilbagi, 16 anos, com o projeto: CONVERSÃO DA RESPIRAÇÃO EM FALA PARA DEFICIENTES
Talk é um dispositivo de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) que permite que pessoas com deficiências de desenvolvimento (DD), como síndrome do encarceramento, esclerose lateral amiotrófica etc., e até mesmo pessoas mudas se comuniquem na forma normal da fala. É uma tecnologia inovadora e com patente pendente que, usando as variações na respiração do indivíduo, o ajuda a ditar cartas, que são combinadas e sintetizadas como frases ou comandos/expressões específicos falados, dependendo do modo selecionado. Os dispositivos CAA atuais custam milhares de dólares, mas o Talk pode ser disponibilizado por menos de 100 dólares. Ele também aumenta a velocidade da fala em pelo menos 300%.
