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VEJA: A FOTO E O FATO DISTORCIDOS - Revista Publicittà VEJA: A FOTO E O FATO DISTORCIDOS - Revista Publicittà

VEJA: A FOTO E O FATO DISTORCIDOS

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O filme “Fato Distorcido” é resultado de uma experiência verdadeira realizada pela AlmapBBDO para a marca VEJA, da Editora Abril, para destacar a importância da credibilidade na informação jornalística. Idealizado pelo redator Cesar Herszkowicz e o diretor de arte Luciano Lincoln, da AlmapBBDO, o ensaio foi dirigido por Vitor Amati, da BossaNovaFilms, e está sendo veiculado em todos os canais da VEJA, na internet e cinema.

Foram 12 dias de filmagens realizadas num galpão em São Paulo. O experimento envolveu 6 artistas de diferentes técnicas e partiu da foto feita pelo fotojornalista Kevin Carter, no Sudão, na África, em 1993, e que com ela venceu o Prêmio Pulitzer. Nela, uma criança em grave estado de subnutrição está na mira de um abutre. Exposta em um galpão, a imagem foi observada pelo pintor Rien, que a reproduziu, criando uma obra de arte em que há uma leve semelhança com a foto de Carter.

A foto foi então coberta e os artistas convidados passaram a ver apenas o trabalho realizado pelo anterior. O ilustrador Eduardo Nunes foi convidado a observar a pintura de Rien e, a partir dela, criar uma obra. A arte de Nunes, apesar de abordar o mesmo tema, já é bem diferente da pintura de Rien. Depois dele, foi a vez do escultor Cícero D’Ávila interpretar o que via na ilustração. A bela escultura resultante já nada lembra a foto que deu origem ao ensaio.

É então a vez do grafiteiro Giuliano Alemão dar a sua versão, desta vez da escultura de D’Ávila. No amplo painel criado, o grafite multicolorido está ainda mais distante da triste imagem inicial. O próximo é o xilogravurista Samuel Ornellas que, diante do trabalho de Alemão, entalha na madeira uma delicada imagem que, ao ser passada para o papel, revela uma gravura que nem de longe poderia sugerir a foto vencedora do Pulitzer.

O fotógrafo Guto Nóbrega é o último artista a participar do experimento. Ele busca na xilogravura a inspiração para a imagem que, como um ciclo, faria o ensaio voltar à técnica que o originou. Ele percorre vários lugares da cidade de São Paulo fotografando e escolhe uma imagem na qual uma criança é o personagem principal, mas nela não há a tragédia e a tristeza exibidas na imagem de Carter. Ao contrário, a foto de Nóbrega é pura alegria e leveza. “Além de ter sido bem interessante realizar esse filme, foi uma chance de conhecer as obras de vários artistas”, disseram Cesar e Luciano, que criaram a campanha.

Uma a uma, a interpretação de cada artista sobre o que via no trabalho do profissional anterior foi se afastando da realidade exibida na foto original. Como na arte, quanto mais intermediários entre o fato e a notícia, mais distorcida é a informação. O filme encerra com o lettering “Vá direto à fonte” e a assinatura “VEJA. Para não ficar indiferente”.

Sobre a produção:
O experimento criado pelo redator Cesar Herszkowicz e o diretor de arte Luciano Lincoln, da AlmapBBDO, propõe a releitura sequencial do trabalho feito por seis artistas, enquanto apenas a obra precedente é tida como referência criativa para o surgimento de uma nova peça.
A seleção dos artistas foi feita pelo diretor Vitor Amati, da produtora Bossa Nova Films. Todos foram levados a uma locação ampla, onde dispunham de materiais para o tipo de arte que cada um realizaria e tinham até 36 horas para conceber a criação. “Um dos desafios foi filmar a sequência dos artistas trabalhando com olhar realista, porém sofisticado, para atender o alto nível estético esperado para a campanha”, explica Amati.

Cada artista trabalhou de uma maneira durante o ensaio: alguns mergulharam no trabalho e permaneceram no estúdio durante todas as horas disponíveis. Outros pediram silêncio absoluto, alguns precisaram ouvir música, outros preferiram distanciamento das câmeras. O diretor assumiu o papel de observador. “A direção foi atípica. Não existiram cenas planejadas e interpretações. Meu papel era permitir liberdade criativa no set”, diz Amati.

Por conta disso, o diretor registrou todos os momentos do experimento durante os doze dias de filmagens e reuniu o máximo de horas de material bruto para trabalhar na edição do filme. “Sabíamos o ponto de partida do trabalho, mas não sabíamos onde ele iria chegar”.

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