É emocionante a história desenvolvida em filme pela DDB Buenos Aires para a Fundação Argentina de Transplante Hepático, a FATH. Mostra um cão, companheiro fiel de seu dono em momentos lúdicos, de passeios e companheirismo. Só que o dono do cão se sente mal, é hospitalizado e acaba por falecer. Enfrentando chuva, sol, dia e noite, o cão se mantém na porta do hospital, solitário, triste, aguardando-o até que volta ao vigor ao se deparar com outra paciente, recém transplantada que deixa o hospital com órgãos doados por seu antigo dono o qual ele reconhece nela. Um roteiro simples, mas que toca justamente pela simplicadade e pela direção madura e segura deste filme,de grande impacto e que alerta para a importância da doação de órgãos. Um gesto que representa para os que ficam, o cão e, neste caso, a transplantada, renascimento, vida nova.
O filme da DDB Buenos Aires é de uma sensilidade incrível. Mostra aquilo que todos admiram nos cães, a lealdade, e de forma sensível as mortes e os renascimentos. “The Man & The Dog” tem a força necessária de que a FATH precisa para seguir o trabalho iniciado em outubro de 1977 quando foi fundada pelo médico Horacio Aziz na Academia Nacional de Medicina na Argentina, contando inclusive com a presença do então presidente Carlos Meném. A FATH surgiu visando estimular a doação de órgãos para transplante e o atendimento a transplados que se dirigem a Buenos Aires e precisam, diante da escassez de recursos, de cuidados pós-operatórios.
Sediada no famoso bairro da Boca, o mesmo que abriga o estádio de futebol La Bombonera, do Boca Juniors, a FATH tem desde sua fundação, mais que prestado atendimento, estimulado a doação de órgãos, uma vez que,por força de problemas burocráticos e também familiares, apenas cinco em cada mil que venham a óbito na Argentina, doam e têm sues órgãos usados para transplantes daqueles que estão na fila aguardando na tentativa de continuar seguindo em frente.
O filme cumpre a sua missão com extrema sensibilidade e dignidade. É simplesmente emocionante.
