Os bancos em todo o mundo buscam mudar a imagem de que pouco se importam com seus clientes mais interessados que estão em exorbitantes lucros conquistados por tarifas, juros altos e excessiva segurança na análise de crédito que acaba por deixar muitos não mão, literalmente na lona como num disputado ringue especialmente em momentos de crise. Então, é comum que os bancos almejem, por meio da publicidade e propaganda, construir uma imagem de participação nas conquistas dos seus clientes, de presença na vida de todos até porque inegavelmente não dá para ficar sem um banco, seja para receber ou efetuar pagamentos. Só que alguns bancos buscam mostrar, como o fez o Unibanco, por meio da F/Nazca, em 2007, que “nem parecem banco”. Menos de dez anos depois, o alemão ING-DiBa, em campanha assinada pela Ogilvy&Mather Berlim, segue a mesma fórmula disruptiva na comemoração de seus 50 anos. Mostra que nem parece banco para fixar seu slogan: “Banking happy for you”.
O filme é divertido. Mostra que banco pode ser uma dor de cabeça, mas quer mostrar que é também o alívio para os problemas. ING-DiBa consegue com essa comunicação fazer o exato contraponto, nem parece banco, mas é banco. Comemora a sua tradição de forma descontraída e envolvente. Brinca que seus clientes teriam coisa melhor para fazer do que ficarem perdidos em meio a contas e cálculos financeiros, a burocracia de um segmento ainda cheio de papéis, análises e cláusulas.
Então, o melhor que seus clientes têm a fazer é aproveitar o espaço da casa nem que seja numa piscina inflável e mergulhar nela com peixinhos de plástico. É tudo muito divertido e com humor para alinhavar que, enquanto esse cliente pode viver a vida, o ING-DiBa há 50 anos vem cuidado dessa parte chata e pretende que seus clientes não tenham dele a imagem tradicional dos bancos. Afinal, ele nem parece banco, mas é banco, mas livra seus clientes dessa contabilidade chata de rotina. Melhor curtir a vida, admirar a paisagem ainda que de flores plásticas no jardim e sonhar com o mar, os grandes jardins de verdade do que deixando, aí sim, que um banco tome conta do resto. No caso em questão o alemão ING-DiBa.
