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RESULTADOS POSITIVOS NA SAÚDE

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O Mais Médicos está conseguindo melhorar o acesso à Saúde nos municípios que aderiram ao programa. De acordo com dados da Rede Observatório do Programa Mais Médicos, nos municípios onde os médicos da iniciativa atuam, o número de consultas aumentou 33%, enquanto nos demais municípios o crescimento foi de 15%.

A rede é formada por 14 instituições, incluindo 11 universidades federais, e fez a análise sobre os dados do período de janeiro de 2013 a janeiro de 2015 com pesquisadores observadores nas cinco regiões do País. Outro aspecto do impacto do programa na saúde da população foi a redução no número de internações e comprova o que era entendimento do Ministério de que a Atenção Básica é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde da população sem necessidade de encaminhamento a hospitais.

Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Hêider Pinto, é uma surpresa ter resultados na Saúde com apenas dois anos do programa. “Dois anos é pouco tempo e já temos resultados tão positivos. A tendência é que os dados sejam ainda mais importantes no futuro”, analisa.

Nos municípios do programa, entre 2013 e 2014, o número de internações caiu 4% a mais que nas demais cidades. Esse índice chegou a 8,9% nas cidades em que o Saúde da Família, com a participação de profissionais do Mais Médicos, cobre mais de 36% da população do município. A expectativa é que em 2015 mais de 91 mil brasileiros deixem de ser internados.

Hêider lembra que durante o levantamento, os pesquisadores encontraram situações em os médicos do programa faziam procedimentos que não eram comuns serem feitos em postos de saúde, como sutura e retirada de unha. “Em outros locais, foi verificada queda de internações porque a atenção básica conseguiu resolver o problema de saúde e casos em que os médicos conseguiram identificar problemas graves que precisam de tratamento hospitalar, mas não eram encaminhados por falta de profissional para diagnosticar o problema”, exemplifica.

Atenção básica

A pesquisa mostrou também que o Mais Médicos aumentou a cobertura da Atenção Básica. Atualmente, a estratégia Saúde da Família chega hoje a 134 milhões de pessoas. A estratégia é formada por equipes multiprofissionais que atendem nos postos de saúde, mas também visitam as casas das famílias atendidas. “De fato a Atenção Básica e a estratégia Saúde da Família tinha parado de crescer e com o Mais Médicos conseguiu voltar a se expandir. A cobertura da atenção básica no Brasil estava estável e não crescia justamente porque faltava médicos para compor as equipes”, lembra Hêider.

A secretária de Saúde do Município de Trindade (GO), Gercilene Ferreira, testemunhou a mudança trazida pelo Mais Médicos e o impacto que traz para a saúde da população. Ao todo, o município agora tem 30 equipes de Saúde da Família, formada por multiprofissionais e 12 delas não contavam com um médico. Outras tinham médicos com carga horária reduzida (20 ou 30 horas semanais), e ainda permaneciam por alguns meses e iam embora. “Nós não conseguíamos atingir o objetivo da estratégia de criar um vínculo com a comunidade”, lembra.

Ela conta que, em 18 anos de serviço público, via o que geralmente ocorria nos municípios brasileiros, onde os prefeitos ofereciam salários altos, faziam concessões de horário, tudo para conseguir um médico. “Nosso município (Trindade) é próximo à capital Goiânia e mesmo assim tínhamos um déficit de 12 médicos”, conta. O município de Trindade tem 120 mil habitantes e ainda uma população 140 mil flutuante por causa do turismo religioso.

Trindade

A secretária Gercilene Ferreira lembra um exemplo de como a Atenção Básica pode diminuir o fluxo para os prontos-socorros. Foi durante o período chuvoso, quando houve aumento no número de casos de dengue. “Nós fazíamos nos postos de saúde o atendimento desses casos com hidratação, por exemplo, e não precisava mandar o paciente para a emergência”, conta.

O programa garantiu 16 médicos e o reconhecimento da comunidade. “Esse programa veio para ficar e a gente precisa dessa continuidade. As coisas que dão certo precisam ficar”, reforça.

Um dos médicos que atende esta comunidade é o gaúcho Luis Adriano Raiter formado em Madri, onde trabalhava e vivia com a mulher (também médica do Mais Médicos) e os filhos. Ele atende uma média de 400 pacientes mensalmente no consultório e faz visitas semanais. Nestes dois anos viu situações que o emocionaram, como de mães gestantes com último trimestre de gravidez sem nunca ter feito um pré-natal. “Tive uma paciente gestante que descobriu aos sete meses de gestação que estava com diabetes gestacional”, lamenta. A diabetes gestacional oferece risco de vida para mãe e para o bebê. “Queremos ficar no programa, completar os três anos e renovar por mais três”, conta.

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