Ao começar a conhecer histórias de pessoas que adotaram pets com deficiência, conhecendo um pouco mais esse universo e reunindo informações para realizar a campanha ADOTE UM PET COM DEFICIÊNCIA, a Uhelp.com não viu outra forma de mostrar o quanto a doação é um ato de amor a não ser contando essas histórias, as histórias de quem já adotou um animal com deficiência e ficou feliz, muito feliz com a escolha.
A Giuliana Stefanini é gerente da Luiz Proteção e adotou o Frederico, que você vê na imagem dessa reportagem, há pouco mais de um ano. Para ela, cuidar do cãozinho da raça dachshund já é natural: “é como escovar os dentes”, revela. Ela revela que foi a melhor coisa que já fez na vida: “o Fred é um anjo!”. O pet tem deficiência física e precisa usar andador nas patas traseiras, mas nem por isso deixa de fazer estripulias e encher a dona de orgulho. Giuliana enfatiza que é muito importante divulgar a causa dos pets com deficiência, porque é muito difícil alguém adotá-los. “Infelizmente, eles ficam esquecidos, pois as pessoas têm preconceito”, declara.
Sharon Reibscheid, veterinária que há 24 anos cuida de animais, além de atender pets com deficiência, tem dois deles em sua clínica: “adotar um animal com deficiência é incrivelmente recompensador: eles vivem super bem, se adequam rapidamente à sua nova condição e nos ensinam a sermos seres humanos melhores”. Ela conta que Vicky ficou cega devido ao Diabetes e Hope precisou ser amputada devido a um tumor ósseo: “as duas vivem muito bem e são a alegria da clínica”, revela Sharon.
Sabrina Custódia é paratleta e faz parte, com Adriele Silva e Vinícius Rodrigues, do time Ultrability apoiado pela Uhelp, que tem como objetivo captar recursos que serão destinados à manutenção das próteses utilizadas pelos paratletas, que estão treinando pesado para tentar uma vaga na equipe paralímpica brasileira. Ela acolheu, há 3 meses, o Junior, um buldogue inglês que foi rejeitado para venda por ter lábio leporino. Sabrina explica que apesar de ser apenas um problema estético e não de saúde, ele não pôde tirar pedigree, por isso, sua venda seria muito difícil. Para Sabrina, o fato dele ser um cão considerado fora do padrão não interferiu em nada na escolha: “foi amor à primeira vista”, ela enfatiza.
A própria Livia Clozel, Comunicação e Estratégia da Uhelp.com, é um desses casos. Livia adotou a pequena Amora há cerca de 3 anos: “ela é amputada e sofreu maus tratos, demorou a se sentir segura, mas hoje é uma companheira incrível”, enfatiza.
Na campanha ADOTE UM PET COM DEFICIÊNCIA, na qual a Uhelp está unindo nomes importantes do universo de defesa animal em prol da adoção de cães e gatos portadores de alguma deficiência. O evento terá duas edições na cidade de São Paulo, uma foi realizada no último domingo, 30 de agosto, e outra será em 20 de setembro.
A campanha tem a hashtag #especialmentediferente, criada pela Ampara Animal e no dia 20 de setembro será a vez do Dog Zone nos parques Villalobos e Portinari, na zona Oeste de São Paulo. Já estão confirmadas, até o momento, as participações da Ampara Animal e da Luiz Proteção Animal, ambas com trabalhos voltados para adoção – e que incluem pets com deficiência.
Juliana Camargo, presidente da Ampara Animal explica que “são considerados pets com deficiência os que apresentam problemas motores, mentais, renais, idosos, amputados, cegos e os de cor preta, uma vez que têm menor índice de adoção”. Para Livia Clozel, Comunicação e Estratégia da Uhelp, “um pet com deficiência tem uma vida normal: muitos deles não precisam sequer de acompanhamento médico por conta da deficiência, e todos são grandes companhias! Sem contar que, na verdade, o preconceito é que é uma deficiência!”
Adote um Pet com Deficiência
Data: 20 de setembro
Local: Dog Zone Villalobos/Portinari | Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001 | Alto de Pinheiros, São Paulo, capital.
Horário: 9h às 18h