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DIÁRIO DO GOLPE: A ATUALIDADE DE SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA - Revista Publicittà DIÁRIO DO GOLPE: A ATUALIDADE DE SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA - Revista Publicittà

DIÁRIO DO GOLPE: A ATUALIDADE DE SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

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Maurício Machado, mais do que profissional competente da área de comunicação é um pesquisador perspicaz da realidade que nos cerca, sobretudo neste momento em que a democracia é golpeada com a possível cassação dos votos – mais de 54 milhões – que reconduziram Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. O comunicólogo encontrou nas páginas do imprescindível “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, uma explicação para esse movimento de nefastas elites, atreladas a uma mídia plutocrática e setores do Judiciário, que visa jogar para as cucuias os vestígios do Estado Democrático de Direito que até aqui nos unia enquanto cidadãos. Eis os trechos brilhantes que Maurício Machado destacou da obra de Sérgio Buarque de Holanda:

“A democracia no Brasil foi sempre um lamentável mal-entendido. Uma aristocracia rural e semifeudal importou-a e tratou de acomodá-la, onde fosse possível, aos seus direitos ou privilégios, os mesmos privilégios que tinham sido, no Velho Mundo, o alvo da luta da burguesia contra os aristocratas. E assim puderam incorporar à situação tradicional, ao menos como fachada ou decoração externa, alguns lemas que pareciam os mais acertados para a época e eram exaltados nos livros e discursos.”

“Na verdade, a ideologia impessoal do liberalismo democrático jamais se naturalizou entre nós. Só assimilamos efetivamente esses princípios até onde coincidiram com a negação pura e simples de uma autoridade incômoda, confirmando nosso instintivo horror às hierarquias e permitindo tratar com familiaridade os governantes.”

“As constituições feitas para não serem cumpridas, as leis existentes para serem violadas, tudo em proveito de indivíduos e oligarquias, são fenômeno corrente em toda a história da América do Sul…. Ninguém ignora, porém, que o aparente triunfo de um princípio jamais significou no Brasil- como no resto da América Latina – mais do que o triunfo de um personalismo sobre outro.”

Sérgio Buarque de Holanda, “Raízes do Brasil”,1936.

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