Classificação de 2020 inclui 133 empresas chinesas, 121 companhias dos Estados Unidos e 53 empresas japonesas A Walmart mantém o primeiro lugar; 18 empresas estreiam
NOVA YORK/PRNewswire – A FORTUNE anunciou esse mês as empresas da FORTUNE Global 500 para o ano fiscal de 2019, classificando as maiores empresas do mundo de acordo com o faturamento. A Walmart ocupa a primeira posição por sete anos consecutivos e pela 15a vez desde 1995. Pela primeira vez, a China continental (inclusive Hong Kong) apresenta 124 empresas, com a maioria das companhias da lista e cinco a mais do que no ano passado. Com a adição de Taiwan, o total para a Grande China é de 133. Os EUA mantêm-se estável com 121 e Japão subiu uma posição com o total de 53. As empresas listadas em 2020 estão localizadas em 225 cidades e 32 países ao redor do mundo. Nesse ano há 14 mulheres no cargo de CEO em companhias da FORTUNE Global 500.
As empresas da FORTUNE Global 500 geraram receitas que totalizam mais de um terço do PIB mundial. Produziram faturamentos no valor de $33,3 trilhões (um aumento de 2%), $2,06 trilhões em lucros (uma redução de 4%) e empregam 69,9 milhões de pessoas globalmente. A Saudi Aramco (6ª posição) obteve lucros no valor de $88 bilhões sendo a empresa com maior lucratividade da FORTUNE Global 500 pelo segundo ano consecutivo.
A LISTA DAS 10 PRIMEIRAS EMPRESAS DA FORTUNE GLOBAL 500:
1. Wal-Mart Stores (EUA)
2. Sinopec (China)
3. State Grid (China)
4. China National Petroleum (China)
5. Royal Dutch Shell (Holanda)
6. Saudi Aramco (Arábia Saudita)
7. Volkswagen (Alemanha)
8. BP (Grã-Bretanha)
9. Amazon.com (EUA)
10. Toyota Motor (Japão)
No prefácio da edição da FORTUNE de agosto/setembro de 2020, Clifton Leaf, chefe de redação, escreve: “Não havia realmente nenhuma companhia da Global 500 localizada na China continental em 1990 quando iniciamos nossa enquete. Atualmente há mais empresas gigantes com fins lucrativos do que em qualquer outro lugar no mundo. […] Não é necessário dizer (mas, infelizmente, não é frequentemente mencionado) que o comércio internacional é precisamente o que tornou a América a primeira superpotência econômica, muito antes da China. As empresas americanas exportaram mercadorias e serviços no valor de $2,5 trilhões em 2019 comparado a $487 bilhões três décadas passadas representando um aumento cinco vezes maior do valor nominal em dólares. Mesmo com o ajuste da inflação, a taxa de crescimento é de 152%. (Para aqueles que acreditam que as importações tenham crescido a um índice substancialmente mais rápido durante as últimas três décadas, prepare-se para ficar chocado: em termos de ajuste de inflação, as importações cresceram 160%, apenas pouco mais do que as exportações.)”.
Geoff Colvin escreve em relação à rivalidade econômica entre os EUA e a China: “A alteração na Global 500 é significativa porque essa rivalidade é baseada no poder econômico. Os analistas podem discordar sobre qual país tem a maior economia. Os EUA permanecem bem à frente quando a comparação se baseia nas taxas de câmbio atuais, com o PIB dos Estados Unidos em 2019 no valor de $21,4 trilhões comparado a $14,3 trilhões da China. Mas com base na paridade do poder de compra, uma medida que se ajusta para os níveis de preços distintos dos países, a China posiciona-se ligeiramente à frente dos Estados Unidos – $21,4 trilhões versus $20,5 trilhões em 2018, que é o ano mais recente dos dados do Banco Mundial. A disparidade é provavelmente maior atualmente e continua a aumentar”.