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A fábrica de sonhos

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As dificuldades enfrentadas pela Estrela, com pedidos de concordata por parte de fornecedores no final de 2005 e o fato de os papéis da empresa terem perdido liquidez na Bolsa de Valores de São Paulo, não abalaram a sua liderança de mercado. Nem mesmo a desistência da agência de publicidade DPZ que, no auge da crise, dispensou a conta.

No Brasil, a cada dez brinquedos comprados, cerca de dois carregam a marca Estrela, que continua a ser referência nesse mercado e é desejo dos consumidores terem seus produtos. O brasileiro, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq) consome anualmente R$ 1 bilhão de brinquedos, uma fatia em que os importados têm aumentado o apetite e estimulado empresas nacionais, como a Estrela, a inovar. 

Tanto que o segredo da liderança da Estrela, reconhece o presidente e controlador da empresa, Carlos Tilkian, tem a ver com o fato de a Estrela ter sempre buscado inovar o seu portfólio, mesmo quando reinava soberana até 1990, antes da liberação de importações. Para Tilkian, o fato de a empresa ter estreitado laços de forte atratividade com os consumidores tem a ver com a qualidade dos produtos e a inovação dos mesmos, em rapidez similar a líderes globais como a Matell. Tanto que a Barbie foi lançada pela Matell em 1959 e já em 1960 a Estrela lançou a Susi, sua rival, com alguns quilinhos a mais e uma cara mais brasileira.

Fundada em 1937 como uma modesta fábrica de bonecas de pano e carrinhos de madeira, em poucos anos, acompanhando a evolução industrial do País, a Estrela passou a ser uma indústria automatizada e a produzir brinquedos também de plásticos, metal e outros materiais. Desde a primeira boneca, a Estrela já produziu mais de 25 mil brinquedos diferentes, num total de mais de 1,2 bilhão de unidades que foram distribuídas em todo o País até 2005.

Ao longo dos anos a Estrela construiu a força de sua marca combinando qualidade, pioneirismo e inovação na oferta de brinquedos ao mercado brasileiro. A trajetória da empresa é identificada por inúmeros marcos de sua liderança, tendo sido, inclusive, uma das primeiras companhias brasileiras a abrir seu capital em 1944, constituindo-se em sociedade anônima.

Na década de 40 apresentou o primeiro brinquedo de madeira com movimento e som fabricado no país, o cachorro Mimoso. Logo depois, vieram outras inovações como os jogos Pega Varetas e Banco Imobiliário, este último é a versão brasileira do Monopoly, o mais vendido jogo de tabuleiro do mundo.

As bonecas, que até o final dos anos 40 eram feitas em uma massa inquebrável, passaram a ser de plástico a partir da Pupi, uma boneca articulada de poliestireno que “dormia e chorava”, lançada no início da década de 50. Em seguida vieram os bichinhos e bonecos de vinil, mais flexíveis, indicados para crianças pequenas e bebês.

Nos anos 60 a linha foi ampliada com outros lançamentos inovadores, como a primeira boneca mecânica, a Gui Gui, que “ria” quando a criança abria e fechava seus braços. Também é dessa época a Beijoca, que “soltava beijinhos”.

A Estrela introduziu nesse período outro conceito de grande sucesso: o de fashion doll, com a Susi – uma boneca que foi querida por diversas gerações de meninas brasileiras até 1985, quando deixou de ser fabricada, voltando a ser lançada em 1997 após serem distribuídas mais de 20 milhões de unidades.

Também é desta época a Amiguinha, que ficou famosa por seu tamanho – 90 centímetros, e que hoje voltou ao mercado em versão atualizada. Ainda nesta década outra inovação importante da Estrela foi o lançamento de brinquedos elétricos, dentre os quais é marcante o Autorama com pistas de corrida e carrinhos para desafiar a habilidade dos garotos. O nome Autorama, uma marca da Estrela, em razão do sucesso do produto, passou a ser sinônimo de brinquedos ligados à velocidade com direito, inclusive, à citação no Dicionário Aurélio. Foi assinado por grandes corredores brasileiros, como Emerson Fittipaldi, José Carlos Pacce, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barrichello.

Em 1970, a Estrela lançou, entre outros tantos brinquedos, as bonecas Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, Feijãozinho, e o boneco que viria a se tornar o grande namorado da Susi: o Beto.

A Estrela passou a trabalhar o conceito de figuras de ação nessa década. Essa categoria teve seu marco com o lançamento do Falcon, o primeiro boneco para meninos. O grande sucesso dessa coleção foi Falcon Olhos de Águia, que movimentava os olhos, quando era apertado um botão na sua nuca.

Em seguida surgiram os carros radio-controlados, que teve o Stratus como primeiro modelo, lançado em 1979.

Em 1980, mais um marco do pioneirismo: a chegada do Genius, conhecido na época como “o computador que fala”, primeiro brinquedo eletrônico do País. A eletrônica também foi incorporada às bonecas, que passaram a ser mais interativas em modelos como a Amore, de 1986. Outras inovações surgiram nessa linha, como a Sapequinha, primeira a utilizar fibra óptica e foto sensor para “perceber” a aproximação da criança, e a Bate Palminha, que “cantava” quando suas mãos juntavam-se.

Em 1989, acreditando no crescimento da produção nacional de brinquedos, a Estrela expande suas atividades e inaugura uma nova fábrica em Manaus, para onde destinou grande parte da produção de brinquedos de plástico. Naquele ano a companhia passou a contar com duas unidades fabris, uma em São Paulo e outra na capital do Amazonas.

Já na década de 90, com o sucesso das séries televisivas entre os garotos, novas figuras de ação foram lançadas, dentre elas Comandos em Ação e outros personagens da TV como Batman, Superman e a linha completa de Star Wars, além dos mais recentes lançamentos simultâneos com a exibição dos desenhos pela TV Globo.

Em 2001, com a influência do programa de TV do SBT, a Estrela lança o jogo “Show do Milhão” o qual mostrou excelente performance, vendendo mais de 1 milhão de unidades em duas versões, o que motivou a Estrela a lançar a terceira edição do produto em 2002.

Neste mesmo período, reiterando sua aposta na produção nacional, a Estrela, na contramão de todo o setor de brinquedos inaugurou sua terceira fábrica, na cidade de Três Pontas, sul de Minas Gerais – o que gerou uma maior capacidade de produção para a Estrela.

Em 2006, a Estrela conta com mais de 400 produtos em sua linha, que entre as novidades, estão os brinquedos tecnológicos, jogos, bonecas, brinquedos pré-escolares, figuras de ação, veículos rádio-controlados e a coleção Susi. E é na área de jogos, onde a Estrela tem grande força no mercado, a empresa oferece uma ampla linha com jogos clássicos e diversos cartonados de ação e equilíbrio. Além dos tradicionais Banco Imobiliário, Jogo da Vida, Detetive e Combate.


Casa do Sonhos

A Casa dos Sonhos vem proporcionando a seu público uma divertida viagem pelos quase 70 anos de história da Estrela, mostrando os brinquedos que fazem e fizeram parte do sonho de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Após 7 anos deste grande sucesso, iniciado em 2000, a Casa dos Sonhos passará por uma grande reformulação e em breve teremos uma grande surpresa.


Escritório Central

Atualmente um escritório central na cidade de São Paulo funciona como a sede da inteligência da companhia, que mantém suas áreas de Presidência, Marketing, Vendas, Novos Negócios e CEAC (Centro Estrela de Atendimento ao Consumidor), em um moderno e arrojado escritório.


Estrela inaugura novas unidades

A Estrela iniciou operação de sua unidade fabril no interior de São Paulo, na cidade de Itapira, em julho de 2003. Essa unidade da Estrela está instalada numa área de 130 mil m², distribuídos entre linha de montagem, depósito, administração e área de apoio (refeitórios e vestiários).

Esta fábrica da Estrela em Itapira faz parte do projeto de expansão da companhia que também possui outras duas unidades: Manaus-AM e Três Pontas-MG.

A fábrica de Três Pontas, no sul de Minas Gerais, conta com 13,2 mil m², em um terreno de 100 mil m², e dobrou a oferta de empregos na região. A inauguração da segunda maior unidade da companhia no país ocorreu em janeiro de 2004.

A implantação desta unidade completa a estratégia da empresa que, com maior competitividade, objetiva crescer em exportações e ampliar as vendas ao mercado interno. “A Estrela continua firme nos seus propósitos de valorizar o mercado nacional, gerando empregos e contribuindo para o real desenvolvimento do Brasil”, informa Carlos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela,  nasquela ociasião antes que as cobranças de fornecedores ficassem mais pesadas.

Hoje, em fevereiro de 2007, a empresa continua líder no segmento e tem investido para ampliar a sua fatia por meio de acordos com fabricantes de outros produtos e licenciando inovações apresentadas por concorrentes no exterior. Afinal, o empresário Tilkian que, todos os dias, despachava na Casas dos Sonhos, não perdeu os seus de manter e consolidar a liderança dessa indústria de sonhos e brinquedos.

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