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A RESISTÊNCIA DE JULIÁN FUKS

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No último dia 24 aconteceu a cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti 2016. Além da entrega do troféu aos ganhadores de todas as categorias, o evento também homenageou Lygia Fagundes Telles, uma das mais importantes escritoras brasileiras. Também na cerimônia são anunciados os vencedores do prêmio Livro do Ano de ficção e não-ficção. A resistência, que ficou com o primeiro lugar em Romance, foi o grande vencedor da noite. 

Lançado em outubro de 2015, o romance é uma expedição pessoal ao passado – político e emocional – de uma família latino-americana às voltas com uma feroz ditadura e com a agridoce experiência do exílio. “Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado”, anuncia, logo no início, Sebastián, narrador do livro, ao de seu irmão mais velho. Além do drama pessoal apresentado, Julián Fuks também coloca esta história no centro do drama de um país, a Argentina, a partir do golpe de 1976, desenvolvendo a história de uma família num retrato denso e emocionante. Adotado por um casal de intelectuais que logo iriam buscar o exílio no Brasil, o menino cresce, ganha irmãos, e as relações familiares se tornam complexas. Cabe então ao irmão mais novo o exame desse passado e, mais importante, a reescritura do próprio enredo familiar. 

O romance é baseado na própria história da família de Fuks: nascido no Brasil em 1981, ele é filho de exilados argentinos que haviam adotado uma criança pouco antes de sair da Argentina. Em entrevista para o Observador, de Portugal (onde o romance também foi publicado), o autor conta que oscila  “entre me julgar em alguma medida exilado, já que sou filho de exilados e na minha infância estava morando no país onde não deveria morar se o mundo fosse um pouco mais justo do que é, mas ao mesmo tempo não me sentia exilado”, e explora também esse sentimento no livro. Em resenha publicada em O Estado de S. Paulo, André de Leones escreveu que “em um ambiente tão conflagrado e irascível quanto este em que vivemos hodiernamente, A resistência aponta para a necessidade de um cuidado maior para com a história, tanto a privada quanto a pública.” 

Para conhecer mais sobre A resistência, assista ao vídeo com Julián Fuks lendo um trecho do romance.  (Do blog da Companhia das Letras)

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