A empresária Luiza Botelho da Silva Brunet nasceu em Itaporã, no Mato Grosso do Sul, em 24 de maio de 1962. Mas sua família decidiu logo cedo se mudar para o Rio em busca de dias melhores. Com os pais e irmãos, Luiza Brunet passou dificuldades. Menina ajudava a mãe nos trabalhos de doméstica, em casa e em outras casas. Nesse tempo, morou na Pavuna, no limite entre os que tinham poucos e os quase nada. Mas sua beleza, desde criança, encantava e encanta ainda hoje. Luiza é o tipo de mulher que esbanja simpatia por onde passa e, tanto melhor, humildade e ternura. Não demorou para que aquela menina deixasse a Pavuna nos anos 70 rumo ao estrelato na Zona Sul do Rio. Tornou-se modelo exclusiva da Dijon, um dos primeiros impérios fashion do País, comandado por Humberto Saad. Em 1985, com o fim da primiera união, se casou com o argentino radicado no Brasil, Armando Fernandez. Dessa união nasceram Yasmin (1988) e Antônio (1997). Hoje, o nome de Luiza é grife, que ela cuida com atenção redobrada, assim como a educação dos filhos, pelos quais zela com ternura e muita firmeza quando necessário, especialmente pelo futuro de Yasmin que segue os seus passos nas passarelas da moda.
Luiza Brunet é mãe como 51% das brasileiras. Uma realidade que fez com que o IBOPE Mídia mergulhasse de cabeça para desenvolver um estudo completo capaz de traçar o perfil das “Mães Contemporâneas”, mulheres atuais, que convivem com uma exaustiva jornada: de mãe, profissional bem sucedida e dona de casa, como Luiza Brunet, que não dispensa uma caminhada até o Baixo Bebê, na Praia do Leblon, no Rio, para recuperar o fôlego e dar liberdade para Antônio se sociabilizar. A foto aqui estampada é o site do Baixo Bebê, um espaço onde a amamentação e a troca de figurinhas entre mães contemporâneas rola solta (www.baixobebeleblon.com.br).
A análise dos dados coletados pelo Ibope que você lê aqui é baseada em diversos estudos regulares do IBOPE Mídia, além de uma pesquisa especial sobre as mães contemporâneas, que considerou informações de mulheres de 10 anos ou mais das oito principais regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza e Salvador).
Praticamente dois terços das mulheres das classes D/E no Brasil têm filhos. Nas classes A/B, esse número é de 46%. A idade média das mães é de 38 anos, dois a mais do que das mães D/E e, dessas, 18% têm até 24 anos.
Um terço das mães brasileiras não vivem com companheiros e não são casadas; 56% delas dedicam-se a atividades profissionais. Destas, 43% são chefes de família, ou seja, três milhões de mulheres. A maioria das mães que trabalham (67%) afirma que é capaz de sustentar sua família sozinha, ainda que os homens ganhem em média 32% a mais que as mulheres. Dentre as mães trabalhadoras, 34% está no setor informal, 41% são autônomas e 4% conduzem seus próprios negócios.
Do total das mães, 68% consideram difícil conciliar trabalho, maternidade e casamento. Para as mães que trabalham, o trabalho significa realização pessoal (90%), independência (82%) e proporciona o contato com pessoas diferentes (81%). Para elas, a estabilidade no trabalho é mais importante que o dinheiro que ganham, pois 55% pretendem seguir carreira e valorizam a atuação profissional. Isso, certamente, demanda tempo. Talvez também por essa razão, mais da metade delas gostaria de se dedicar mais tempo aos filhos.
Lar doce lar
A casa é considerada o melhor lugar do mundo. É o verdadeiro porto seguro para a grande maioria das mães. Em geral, elas preferem passar uma noite calma em casa a sair, têm prazer em receber os amigos e não abrem mão do conforto. A cozinha é parte fundamental no dia-a-dia. Para elas o ato de cozinhar é fascinante e transcende a alimentação.
As mães que não trabalham rejeitam menos as tarefas domésticas do que as que trabalham fora, mas ambas concordam que cuidar da casa e dos filhos cansa mais do que trabalhar fora (76%). Os parceiros do cenário contemporâneo são participativos e atuantes nas situações do dia-a-dia. Em 15% dos domicílios há a presença de ajudantes domésticas. Desse total, 47% são mensalistas e entre as mães que trabalham, esse número cresce para 64%.
A família das mães que não trabalham é 11% maior. Há em média 1,7 crianças de zero a 11 anos nos domicílios brasileiros.
Para as mães contemporâneas, o principal problema das crianças hoje em dia é a falta de limites, porém para a maioria das mães é difícil dizer não aos filhos. A sensação de aproveitar o tempo com a família é maior entre as mães que não trabalham. Para a maioria delas é importante que a família pense que estão bem, além de considerarem os pais mais importantes na educação dos filhos do que a escola.
Mesmo com tantas atribuições e responsabilidades, as mães se consideram felizes (88%). Elas acham importante manter-se jovens e 76% delas estão satisfeitas com a sua aparência. As mães que trabalham estão mais atentas aos cuidados estéticos, que vão desde a forma física e uso de maquiagem até o preparo de refeições saudáveis, ainda que admitam não ter tempo e, se pudessem, fariam plástica (57%). Elas se consideram alegres, independentes e espiritualistas.
Em momentos de lazer, as mães que trabalham costumam sair mais de casa. Elas freqüentam cafés, teatros, shoppings, clubes, restaurantes e parques. Em casa, elas brincam de karaoquê e lêem livros. O contato com as mídias é, em média, de seis horas diárias e é considerado um hábito de lazer já que entretém e informa simultaneamente.
As mídias de massa como TV e Rádio são consumidas por praticamente todas as mães, seguindo a tendência de consumo da população. Analisando os demais meios, as mães que trabalham se destacam no consumo de todos eles. Em alguns casos, como internet e cinema, o consumo chega a ser duas vezes maior.
A internet é mais acessada pelas mães que trabalham e as atividades mais realizadas são envio de e-mails, pesquisas pessoais e acesso a sites de comunicação (revistas, jornais, rádio e TV).
Nas compras, as mulheres, de forma geral, são impulsivas. A maioria gosta de variar as marcas, trocam idéias com amigos sobre as compras e valorizam produtos de higiene pessoal. As mães que trabalham afirmam sentir prazer em comprar e preferem pagar a prazo. Elas nem sempre se interessam pelas marcas dos produtos, mas gostam de marcas refinadas e produtos nacionais. Dão importância a produtos que facilitem o dia-a-dia e os filhos influenciam nas compras da casa.
Já para as mães que não trabalham, o preço é fator determinante. Elas procuram ofertas e descontos e planejam a compra de produtos caros. Geralmente lêem os rótulos e, embora prefiram marcas tradicionais, se consideram fiéis às marcas que consomem, mas experimentam novas opções.
Só as mães são felizes
E como diz e tem repetido a mãe do cantor Cazuza, Lucinha Araújo: só as mães são felizes. Essa mulher dinâmica tornou-se símbolo das campanhas de combate a AIDS após a morte filho. Desde 1990, cuida de outras crianças, infectadas pelo vírus HIV, que, em troca do carinho, também a chamam de mãe na Sociedade Viva Cazuza. É de um casarão em Laranjeiras, bem ao lado do viaduto que leva ao Túnel Santa Bábara, numa casa lilás que crianças aidéticas encontram nessa mãe de jornada tripla, o apoio e o carinho de que necessitam para continuar vivas. E Lucinha é outra que adora fazer compras para essas crianças, as quais chama de filhos. É como se para essa mulher que aprendeu a ser forte todos fossem Cazuzas. Afinal, só as mães são felizes. E esta, em particular, aguarda contribuição de outras mães para cuidar da sua ninhada de cazuzinhas. Saiba como contribuir no www.vivacazuza.org.br