O Cemitério dos Pretos Novos, localizado na Gamboa, Rio de Janeiro, capital, é um memorial do passado escravocrata brasileiro. Segundo o instituto homônimo responsável pelo local, foram enterrados mais de 50 mil crianças e jovens na área, na época da escravidão.
Ontem, 2 de dezembro, as Nações Unidas celebraram o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura. Criada em 2004, a data lembra a memória das vítimas da escravidão antiga e alerta para a situação dos que ainda enfrentam formas análogas de exploração.
O Cemitério dos Pretos Novos, localizado na Gamboa, Rio de Janeiro, é um memorial do passado escravocrata brasileiro. Comemorando 20 anos em 2016 desde sua redescoberta, o local funciona como um instituo de pesquisa sobre o tema e um centro cultural, com biblioteca e galeria de arte — o Instituto Pretos Novos.
Segundo a diretora da instituição, Merced Guimarães, há no local “mais de 50 mil crianças e jovens que faleceram por uma ganância”. Estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que quase 21 milhões de pessoas ainda são hoje vítimas do trabalho forçado, presas a situações de extrema exploração, abuso e violência, incluindo violência sexual e baseada em gênero. Para Merced, “a escravidão está mal resolvida”.