Desde 1963, quando Giuliana Benetton teceu uma blusa com fios vibrantes que estavam em promoção na pequena cidade de Ponzano Veneto, nas proximidades de Treviso, Benetton ganhou terreno e tornou-se um negócio lucrativo para a família, agregando os irmãos Luciano, Gilberto e Carlo na venda dessas blusas coloridas que se tornariam a marca registrada dos Benetton. O negócio cresceu, constituíram fábrica e abriram lojas para vender os artigos. E, desde 1982, inauguraram uma propaganda voltada para o social, agregando à marca uma comunicação de grande impacto.
Benetton, assim, sempre se destaca no mundo da moda por sua ousadia. A coleção outono-inverno que começou a ser vendida e anunciada no último mês na Europa não deixa dúvidas quanto à criatividade da grife. Benetton sabe que criança, e este mês de outubro é delas e de suas travessuras, abusa da liberdade de movimentos, então a grife buscou na moda das ruas a sua inspiração para uma coleção em que poder se mexer é essencial.
Os casacos, ainda que pesados pelo forte inverno que se anuncia, sobretudo na Europa, são leves, constituídos de novos tecidos acolchoados, nem por isso inibidores de movimento. A campanha da grife mostra exatamente essa liberdade que o consumidor espera de Benetton, ainda que este consumidor seja uma criança e que o comprador, na ponta, sejam os pais. Benetton também reforça as cores, ainda que sem a vibração costumeiramente cítrica, pois outono e inverno pedem cores mais sóbrias, inegradas à paisagem, nem por isso cores mortas, tudo em Benetton é vibrante. Nessa dupla estação, a grife inova ao garantir conforto com elegância, preservando aquilo que a criança tem de mais espontâneo: o movimento, sempre frenético.