O mundo dos negócios dá volta em velocidade altíssima e nem sempre quem inventa uma inovação consegue se manter no topo quando ela se espalha. É o drama da canadense BlackBerry
Há oito anos atrás, podia-se contar nos dedos os executivos, no Brasil e no mundo, que não tinham um BlackBerry. Por meio desse aparelho celular com conexão à internet podiam olhar e-mails e digitar, nos teclados, mensagens curtas, desmarcar ou marcar reuniões, consultar agendas e uma série de outras ações vitais para o mundo corporativo.
Foi o suficiente para que o aparelho também se tornasse objeto de desejo dos mais jovens, os filhos desses executivos, que podiam como numa rede social se conectar e ficar conversando por mensagem com amigos.
O aparelho seguiu sua carreira brilhante até que os smartphones, dos quais foram precurssores, conquistassem corações e mentes. Agora, a fabricante canadense, outrora conhecida como Research in Motion (RIM), anuncia um novo lançamento, o Classic, que mantém o teclado, mas oferece inovações em imagem e capacidade de dados.
O fabricante, hoje restrito a cerca de 1% do disputado mercado global de aparelhos, não se deixou seduzir pelo touchscreen. Ainda tem na segurança de dados um forte componente a assegurar presença no mundo corporativo, embora o iPhone, da Apple, faça frente oferecendo serviço similar de segurança.
Não há dúvidas, no entanto, que o BlackBerry continua na pista, mas há também a certeza de que os pioneiros geralmente largam na frente, correm sozinhos milhas de distância, mas enfrentam sempre o risco de ultrapassagem. É o caso dos canadenses da BlackBerry.