A 3ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que começou ontem (21) em Brasília, vai homenagear o cientista social português Boaventura de Sousa Santos e a poetisa brasileira Adélia Prado. Ao longo de dez dias, o evento promoverá atividades com cerca de 120 escritores convidados, 100 sessões de autógrafos e lançamentos de livros, 80 sessões de contação de histórias, 40 apresentações teatrais, além de 10 shows musicais de artistas nacionais e do Distrito Federal.
“É um grande movimento de fomento à leitura, um grande movimento de aproximação entre o público e os escritores”, explicou o coordenador geral da Bienal, Pedro Ortale, em entrevista à Rádio Nacional. “É um grande movimento de convergência da literatura em mesas de debates, seminários, palestras”.
De acordo com a organização, estão confirmadas presenças de autores como a mexicana Guadalupe Nettel, o inglês Theodore Dalrymple, a portuguesa Raquel Varela e o norte-americano Glenn Greenwald, dentre os estrangeiros, e os brasileiros Renato Janine, Leandro Karnal, Marica Tiburi, Viviane Mosé e Fernando Moraes.
Os curadores do evento são os escritores Hamilton Pereira, José Rezende e Nicolas Behr, a tradutora Lídia Luther e o diretor da Bienal, Nilson Rodrigues. Ao todo, serão realizadas 150 palestras durante o evento.
Boaventura de Souza Santos
Além de homenageado na Bienal, o sociólogo português receberá o título de Cidadão Honorário de Brasília. Autor da obra Direito dos Oprimidos e com livros traduzidos para o espanhol, italiano, inglês, francês, alemão e chinês, Boaventura de Sousa Santos é um dos mais expressivos defensores da sociologia do direito no mundo.
O autor português vai aproveitar a ocasião para fazer o lançamento mundial de A Difícil Democracia – Reinventar a Esquerda, no dia 29, com apresentação da professora Flávia Birolli, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), e coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades.
Boaventura também vai lançar no Brasil o livro As Bifurcações da Ordem: Revolução, Cidade, Campo e Indignação, terceiro volume da Coleção Sociologia Crítica do Direito, que será apresentado pelo ex-reitor da Universidade de Brasília José Geraldo de Sousa Jr. Haverá debate e sessão de autógrafos.
Doação de livros
A Bienal faz também uma campanha para arrecadar livros, que serão doados para a Biblioteca Nacional de Brasília, para 26 bibliotecas públicas de várias regiões administrativas do DF e para o programa domiciliar Mala do Livro, da Secretaria de Cultura do GDF, que promove a circulação de mini-bibliotecas em residências.
A campanha tem a previsão de reunir livros de contos, crônicas, poesias e romances da literatura brasileira, literatura estrangeira, literatura infantil e literatura infanto-juvenil, assim como gibis.
Os livros doados devem estar em bom estado de conservação. Além disso, não são considerados ideais para doação livros didáticos de ensino fundamental e médio, enciclopédias velhas, jornais, revistas semanais, revistas de atualidades e de variedades, livros jurídicos antigos, listas telefônicas ou livros desatualizados.
O evento que começa nesta sexta-feira vai até o domingo, dia 30, no Estádio Mané Garrincha. A programação completa você encontra aqui.