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A BUZINA DO CHACRINHA - Revista Publicittà A BUZINA DO CHACRINHA - Revista Publicittà

A BUZINA DO CHACRINHA

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CARLOS FRANCO

O mercado publicitário parece picado pela mosca azul das consultorias que propagam dificuldades para vender facilidades. Um movimento que domina o cenário de Recursos Humanos, onde imperam muitos “mauricinhos e patricinhas”, os atuais “coxinhas e empadas”.

São em sua maioria profissionais que nunca pisaram no chão de fábrica e desconhecem o coração das empresas e o que, de fato fazem os seus funcionários, mas que adoram comprar produtos de prateleira. É como escolher, na gôndola dos supermercados, um sabão em pó com nomes pomposos.

Foi-se a era da verticalização, da horizontalização, do downsizing, outsizing, outsourcing, do core business e da otimização. Invencionices que procuram reinventar a roda e que, agora, chegam ao mercado publicitário.

Essas ferramentas que atendem pelo nome de digital out home, digital in home, mobile marketing, network sourcing e outros menos cotados começam, acredite, a ganhar até associações de classe e de profissionais. Mas o que querem e o que prometem? A venda, simples assim: a venda, pois não se reinventa a roda. E o alvo, claro, é e será sempre o consumidor, no desejo de chegar ao seu coração e fazê-lo generosamente abrir a carteira e comprar.

Compra-se, agora, mais que o produto, a sensação que ele transmite, de bem estar, conforto, status, modernidade ou seus contrários – o retrô está em alta. E ainda que as “cassandras”, aquelas figuras não tão mitológicas assim, apregoem o caos, com a redução do crédito por conta do patamar dos juros, ninguém vai deixar de comer, beber, vestir e amar e o varejo continuará a existir assim como a indústria.

Temporariamente, pode-se deixar de comprar aquele apartamento ou carro novos hoje, mas eles continuarão nos planos de amanhã. E, como os consultores de plantão, os políticos de oposição a governos que estão no poder, criam dificuldade para depois venderem a facilidade tendo seus votos como moeda de troca. Até a turma do mi-mi-mi vai acabar percebendo que vender mamadeira e bico para a criança não parar de chorar o ano inteiro é pura perda de tempo, o sorriso é sempre melhor que o choro e o reconhecimento de uma derrota, muita vezes é mais nobre que uma vitória.

Mas voltando à publicidade, muitos agora, vendem a idéia de que quem não cair na rede é peixe fora d`água. De fato, o mundo se digitaliza rapidamente e as plataformas de comunicação evoluem muito rápido.

Em 1989, os CDs invadiram o mercado, e em 1999, as famosas bolachas de vinil deixaram de rodar nas casas, enquanto em 2009, começou a febre dos MP3, MP4 e os CDs perderam rapidamente mercado, mas não importa a plataforma, o que continua a rodar é a música, o conteúdo. Na publicidade, é isso que também está em jogo.

O chato é perceber que o conteúdo anda caindo de qualidade, mas é a credibilidade que ainda estabelece a comunicação, chega mais perto do coração da gente, então não importa a plataforma o bom e velho negócio da publicidade será o de estimular a venda, oferecendo ao consumidor uma experiência e aquela sensação de felicidade e bem estar. O resto é conversa fiada, ladainha para boi dormir e as nomenclaturas em inglês coisa de quem não sabe se comunicar e quem não se comunica, como dizia o velho Chacrinha, dia menos dia, se estrumbica. Alô, alô Terezinha, buzina para essas invenciones.

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