Meu nome é Esperança e depois de vários anos de carência e solidão, consegui conhecer um vietnamês pela internet que se apaixonou por mim. Juntei minhas economias, paguei a passagem dele e ontem fomos juntos ao bloco “Perereka sem Dono”. Com meu inglês macarrônico expliquei a ele o significado do nome do grupo. Cinco minutos depois ele disse que ia pegar uma cerveja e sumiu. Estou assustada.
Meu nome é Paulo Barros e todo Carnaval é uma tortura para mim. Simplesmente porque eu não sou o outro Paulo Barros, o carnavalesco, o gênio máximo e absoluto da raça brasileira, sempre campeão. Sou meramente o Paulo Barros assistente administrativo, frustrado com meu emprego no Sindicato dos Padeiros, com meu time de futebol e com o tamanho do meu pênis. Por isso, este ano decidi fazer um retiro espiritual de Carnaval. Mas o que eu queria mesmo era me retirar completamente deste planeta.