Peluqueiro, chapeleiro, sapateiro, amolador de facas, teletipista, datilógrafo, caneteiro, relojoeiro, tinteiro, pinsette, leiteiro…A evolução da economia e do comportamento social vai extinguindo ao longo do tempo algumas profissões ou restringindo cada vez mais o mercado para esses profissionais. O curioso é que manifestações de cunho político por parte da classe alta (e da média que se sente alta) paulistana no Dia Internacional da Mulher (#IWD15) tendo como alvo a presidenta Dilma Rousseff não só demonstraram total desconhecimento em relação ao que é, de fato, um panelaço – que caracteriza em protestos a carestia e a ausência de alimentos – como prometem ressuscitar, em pleno século 21, a profissão do consertador de panelas.
Não deixa de ser uma boa notícia para o Sidinei Elias, que equipou um carro e investiu em equipamentos justamente para consertar panelas, inclusive as usadas em varandas gourmets, compradas no exterior em cartões de crédito. Sidinei é um dos raros consertadores de panelas com vídeo no Youtube, onde oferece os seus serviços, com a vantagem da mobilidade de o equipamento ir aonde está o freguês. Ele tem mais do que motivos para comemorar a performance da classe alta (e a média que se sente alta) paulistana sob o respaldo da democracia pela qual tantos brasileiros, a exemplo de Dilma Rousseff, lutaram e empenharam a vida.
A propósito, fornecedores de serviços como Sidinei não costumam parcelar o serviço, se bem que, sabedor que muitos compraram apartamentos sofisticados nos últimos dez anos com crédito da Caixa e do Banco do Brasil, pode ser que ele quebre um galho. Aos interessados, não custará nada insistir. Este é o vídeo de um brasileiro que depende do conserto de panelas para sobreviver e fazer girar a economia. Hoje, ele deve estar rindo à toa. Bom trabalho, Sidinei!
