O mundo dos negócios especula nas últimas semanas o que Jorge Paulo Lemann, o brasileiro que, com os sócios Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, comanda a AB InBev, a gigante global de cervejas, além de outros negócios como Burger King, Lojas Americanas e Heinz, irá comprar agora. As apostas estão na mesa e as especulações ganharam fôlego diante dos planos da empresa para o futuro, na realidade 2020, quando deverá distribuir bônus de US$ 350 milhões aos seus 65 principais executivos caso a AB InBev, que acaba de comprar a SAB Miller, consiga dobrar o faturamento anual dos atuais US$ 55 bilhões para US$ 100 bilhões.
O jornalista Geraldo Samor, respeitado analista do mundos dos negócio, ex-colunista de Veja Mercados e hoje à frente BrazilJournal.com, garante que, só com a compra de empresas como Coca-Cola ou PepsiCo., isso será possível. Leia:
Sábado à noite, um colunista do Telegraph notou que os executivos da ABI têm um incentivo para fazer com que a companhia chegue a 2020 com um faturamento de US$100 bilhões — o que só seria possível com uma outra megafusão.O plano de remuneração dos executivos — chamado de ‘2020 Dream Incentive Plan’ — cria um ‘bonus pool’ de US$350 milhões a ser dividido pelos 65 executivos mais sêniores da empresa se a ABI chegar a 2020 com US$100 bilhões de faturamento anual.Com a recente aquisição da SABMiller, o faturamento anual da ABI agora é de cerca de US$55 bilhões/ano. Em outras palavras: somente uma fusão com a Coca-Cola ou a Pepsi poderia fazer a empresa quase dobrar seu faturamento em apenas quatro anos. A Coca, by the way, fatura US$ 45 bilhões/ano.