Eles podem ser cadeirantes, podem ter implantes no lugar de pernas, mãos e braços, podem ter peso e altura fora do padrão, traços étnicos, isto é, tudo aquilo que por décadas as indústrias da moda e da beleza passaram ao largo, mas que, agora, felizmente está em voga, pois ser diferente é que é normal e é o que os tornam especiais. O bonito, aliás, é sempre ser o que se é. E é isso o que propõem Models of Diversity USA e Global Disability Inclusion, LLC, ao lançarem um concurso que escolherá a face da diversidade a ser apresentada ao mundo em maio.
POR YUME IKEDA*, DE TOKYO
Todos os modelos de diversidade vão poder participar do concurso que abriu inscrições na última sexta-feira, dia 27 de fevereiro, e que vão até o dia 10 de abril de 2015 – com os vencedores sendo anunciados na sexta-feira, 1 de maio. As inscrições e as regras estão no Facebook e basta dar um clique aqui para entrar nesse espaço que pretende promover a auto-estima entre aqueles que hoje integram o universo da diversidade.
Serão escolhidos, segundo os organizadores, um homem e uma mulher para serem as faces da diversidade. Os vencedores receberão um prêmio em dinheiro, uma entrevista na Simply She, roupas de grife, e muito mais. Juízes de vários segmentos vão participar de modelos de Diversidade, Inclusão e Deficiência Global a exemplo de Leslie Birkland apresentador do popular programa de TV show Big Rich Texas.
“Estamos muito animados em lançar este concurso. A recepção, após modelos com deficiência desfilarem na NY Fashion Week, foi tremenda e nós sabíamos que os EUA queriam mais. Nosso objetivo é mudar a forma como o mundo vê a deficiência. Esperamos que todos os aspirantes a modelos com deficiência participem”, disse Angel Sinclair, da Models of Diversity (MoD).
Os modelos da MoD desde 2010 têm desfilado na Europa demonstrando ao mundo que a beleza está em todas as formas, cores, tamanhos e capacidades. MoD este ano ampliou a presença nas semanas de moda de Nova York e em Milão e, agora, aproveita para lançar esta campanha global.
Nos Estados Unidos, estima-se que existam 56 milhões de pessoas com deficiência e de acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA os gastos com pessoas com deficiência decorrentes da discriminação, que envolve o desenvolvimento de incapacidades, superam a US$ 175 milhões. O que se pretende é transformar a discriminação em auto-estima, orgulho de ser diferente.
“Estamos entusiasmados para trabalhar com os MoD. A oportunidade de mercado para as empresas é enorme e nós sabemos que é real a possibilidade de abrir mercado de trabalho, queremos também que as empresas reflitam sobre essa parcela da população como importantes consumidores com os quais precisam estabelecer diálogo”, diz Meg O’Connell, da Global Disability Inclusion.
*Com PRNEWSWIRE
