O Brasil é um dos principais destinos de solicitantes de refúgio nas Américas, recebendo principalmente sírios, nigerianos, haitianos e angolanos. Com o propósito de oferecer acolhimento aos adultos, idosos e crianças que anualmente se deslocam para viver em outro país, o INATAA – Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistida por Animais, ONG que promove o bem-estar através da Interação Assistida por Animais em clínicas, hospitais etc., realizou uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo para um projeto piloto no país, o programa “Melhor Amigo do Refugiado”.
Para promover a iniciativa, a campanha criada pela Wunderman incentiva a tolerância e retrata como exemplo mundial o carinho que os cães podem dar a essas pessoas, independentemente de suas origens, reconectando emocionalmente indivíduos que passaram pelos traumas do deslocamento e perda de vínculos familiares e sociais.
O novo projeto de atendimentos do INATAA tem parceria da Casa de Passagem Terra Nova, equipamento de acolhimento social do Estado de São Paulo para solicitantes de refúgio, está sendo elaborado a várias mãos. De acordo com Cristiane Blanco, psicóloga e responsável técnica do INATAA, os cães voluntários ajudam a dar suporte emocional para essas pessoas na fase de adaptação a esta nova etapa da vida, na maioria das vezes longe de familiares e amigos, que ficaram nos seus países de origem. “Diferentemente do homem, o cão não tem preconceitos, não faz distinção de raça, nem de religião ou classe social”, afirma Cristiane.
Para Paulo Sanna, VP de Criação da Wunderman, a campanha adota uma linguagem cinematográfica e propõe uma reflexão sobre um mundo melhor. “No momento em que vemos globalmente um dos maiores dramas sociais da nossa era, o INATAA encontrou uma forma de levantar a bandeira da tolerância e ao mesmo tempo promover sua causa”, complementa Sanna.
Com direção de cena de Lua Voigt, da produtora Landia, também parceira do INATAA, o filme para TV e internet destaca o drama dos refugiados que abandonam regiões de guerra na sua jornada pela sobrevivência e integração. Nele, são recriadas algumas cenas de conflitos e de deslocamento de pessoas, de apelo universal. A produção foca no garoto Ibrahim, uma criança refugiada cuja figura remete à solidão e ao isolamento dos que têm de abandonar sua terra natal e se deparam com um novo mundo. Ao se aproximar dele, o cachorro do INATAA mostra que, sem preconceito, a realidade do garoto, assim a dos demais refugiados, pode se tornar bem menos árdua.