O Dia da Esperança chegou ao fim ontem, 15, com uma arrecadação de mais de R$ 16 milhões em doações. Ao longo de todo o sábado, artistas do elenco da Globo e convidados se revesaram no Mesão da Esperança para atender as ligações do público. Para encerrar o dia, um programa especial reuniu atores e músicos para celebrar os 30 anos do Criança Esperança. Autor do tema de abertura deste ano, Gilberto Gil deu início às atrações musicais do especial Criança Esperança. Com a canção de mesmo nome do projeto, composta em comemoração aos 30 anos da campanha, Gil contou com a companhia de todos os artistas que fazem parte do programa, revelando um pouco do conceito colaborativo que permeia toda a atração.
TEXTO E FOTO: TV GLOBO
Dando boas-vindas aos telespectadores, os anfitriões da festa, Lázaro Ramos, Dira Paes, Flávio Canto e Leandra Leal convocaram o Brasil inteiro a transformar a vontade de um mundo melhor em ação e revelaram o protagonista do espetáculo: o mesão no centro do palco.
“Para celebrar os 30 anos do projeto, a gente chamou essa turma aqui, olha que maravilha, pra atender sua ligação. Deixa eu fazer a chamada!”, anunciou Lázaro, apresentando Tony Ramos, Suzana Vieira, Paolla Oliveira, Alexandre Borges, Bruna Marquezine, Deborah Secco, Rodrigo Lombardi, Taís Araújo, Milton Gonçalves, Luís Miranda, Andréa Beltrão, Fernanda Torres e outros artistas que falavam ao vivo com os doadores e interagiam na atração.
De diferentes regiões do Brasil, crianças e jovens de instituições apoiadas pela campanha conversaram com Leandra Leal e os demais mobilizadores, que visitaram diversos projetos pelo país nos últimos meses. Para falar da garantia de direitos iguais para todos, Marcos Rossi, que nasceu com uma doença congênita, foi aplaudido pelo presentes e relembrou a infância e a importância do incentivo da família para a realização dos seus sonhos. “A limitação é um conceito que está na cabeça das pessoas. Você tem que acreditar nos seus sonhos, nos seus desejos e correr atrás disso. Determinação foram as minhas pernas e motivação os meus braços”, disse Marcos.
Dira Paes encontrou no palco a também grávida Deborah Secco e perguntou como a atriz vê o projeto neste novo momento de sua vida. “Pensar no futuro de uma criança hoje tem um peso muito maior, muito diferente de tudo que já vivi antes”, conta Deborah. Lázaro aproveitou a turma reunida para garantir uma selfie com os atores do mesão. No terceiro musical da noite, os cantores do palco ‘batidão’, Murmuzinho, Ludmilla, Anitta e Valesca soltaram a voz com o hit
“Happy”, e surpreenderam ao interpretar o refrão em libras, a língua dos sinais.
Tema do Criança Esperança este ano, a educação também entrou na pauta do especial, com a presença de uma das professoras de Lázaro, Idalina, e outros mestres. “Cada vez mais é importante valorizarmos a imagem do professor”, afirmou Lázaro. Idalina reencontrou alguns de seus alunos em uma homenagem feita em sua antiga escola. Todos usaram máscaras com o rosto dela e depois revelaram suas profissões atuais e como a professora influenciou suas vidas. “Quem agradece sou eu, obrigada por vocês terem sido meu estímulo para viver. É só o que eu sei fazer, gostar de gente, eu gosto de gente. Meu objetivo principal é fazer o ser humano crescer, carregando na mala muito amor, muito carinho”, concluiu a professora.
Representando o ideal de que não haja criança sem acesso à escola, educação, comida, e outros direitos, os artistas do palco ‘Sertão’, Paula Fernandes e Henrique e Juliano se uniram na canção “Andar com Fé”. O momento contou também com discurso por vídeo da jovem paquistanesa Malala Yousafzai, defensora dos direitos das crianças e Prêmio Nobel da Paz.
A segunda parte da festa dos 30 anos do Criança Esperança foi marcada pelo espírito de união de todos os artistas em prol de um futuro melhor para crianças e jovens brasileiros. Dando sequência ao show, Thalles Roberto e Karol Conka levaram um pout pourri de “They Don’t Care About Us”, “Olhos Coloridos” e os hinos da independência e brasileiro e contaram com o talento do Dream Team do Passinho, que também realizou uma mini-batalha no palco.
Depois, Lázaro Ramos chamou depoimentos de crianças, que responderam à pergunta “o que você quer ser quando crescer?”. A surpresa veio com a revelação de que os pequenos decoraram um texto de sonhos almejados por adultos, alguns conquistados e outros, não. Os mobilizadores fizeram a provocação: se temos os mesmos sonhos, por que não temos as mesmas oportunidades?