Daniel Barbará virou na tarde de ontem, aos 68 anos, ao partir para o Reino da Pasárgada de que fala o poeta Manuel Bandeira, de fato e de direito uma lenda. Um homem que dedicou a vida à publicidade e propaganda e que, como poucos, soube fazer a ponte entre o anunciante e os veículos, com a precisão do riscado em um mercado em constante mutação. Daniel Barbará partiu de Fortaleza, no Ceará, ao não resistir à um transplante de fígado, para as estrelas. Certamente Giancarlo Bolla deveria estar sentindo falta, lá no alto, do degustador preferencial de suas invenções gastronômicas que durante décadas serviu no La Tambouille, o “escritório” de Barbará, do outro lado da rua onde fica a DPZ.
O publicitário que, por mais de 10 anos, foi o homem de mídia da também legendária DPZ tornou-se referência do segmento. Deixa-nos de herança, mais que o conhecimento impresso nas páginas da publicidade e propaganda, o pacto com o bom viver. Daniel Barbará sabia viver,adorava a boa mesa e o papo direto e reto com os amigos. E, por isso, tornou-se referência entre jornalistas, como eu, quando se tratava de estimar o valor de mídia,por exemplo, de um evento ou impacto nos veículos, seus cálculos sempre era precisos e cabia apens ao Ibope confirmá-los.
Meu caro Daniel Barbará, nos aqui da Revista Publicittà, no andar debaixo, só temos a agradecer a sua generosidade e as lições, reais e praticas, do verbo compartilhar. Um mestre do bom viver. Bom apetite, pois o Giancarlo Bolla deve estar preparando na cozinha de Pedro seus pratos preferidos.
