A Declaração Universal dos Direitos Humanos ganhou uma versão inédita no dialeto da língua indígena quechua falado por cerca de 116 mil pessoas no noroeste da Bolívia. Com a nova tradução oficial, o documento — que já era o mais traduzido em todo o mundo — está disponível em 501 idiomas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos ganhou uma versão inédita no dialeto da língua indígena quechua falado por cerca de 116 mil pessoas no noroeste da Bolívia. Com a nova tradução oficial, o documento — que já era o mais traduzido em todo o mundo — está disponível em 501 idiomas.
O alto-comissário para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Zeid Ra’ad Al Hussein, comemorou o feito e disse que o número crescente de traduções do texto assinala “o poder de suas palavras em ressoar poderosamente por todas as culturas e línguas”.
Adotada pela Assembleia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948, a Declaração é um marco que definiu, pela primeira vez, os direitos humanos fundamentais que deveriam ser universalmente protegidos. O primeiro de seus 30 artigos determina que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.
Em novembro de 1999, a instituição Guinness World Records afirmou que o texto era o documento mais traduzido no planeta, com um total de versões em 298 línguas à época. A certificação do organismo foi atualizada em 2009, quando o número de traduções chegou a 370.
Desde então, a publicação da Declaração em outros idiomas por governos, organizações da sociedade civil e indivíduos continuou. Atualmente, o documento pode ser lido em línguas e dialetos de todo o globo, do Abkhaz ao Zulu, e também foi traduzido para as linguagens de sinal britânica e espanhola. O 501º idioma a ganhar uma tradução foi um dialeto da língua Quechua falado no departamento de La Paz.
Acesse a Declaração em português aqui.