Pesquisa realizada em setembro pelo IBOPE Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a avaliação do presidente Michel Temer continua baixa. De acordo com a pesquisa, a popularidade de Temer é igual à verificada em junho, quando foi realizada a última pesquisa. A administração do presidente é considerada ruim ou péssima por 39% dos entrevistados, mesmo percentual de junho (eram 69% em março, em relação ao governo Dilma), regular por 34% (36% em junho e 19% em março em relação a Dilma) e para 14% o governo está sendo ótimo ou bom (13% em junho e 10% em março em relação a Dilma).
Sobre a maneira de governar e a confiança no presidente, também há pouca variação em relação ao verificado em junho. Dentre os entrevistados, 26% confiam no presidente em exercício e 28% aprovam sua maneira de governar, enquanto 68% não confiam e 55% desaprovam a maneira de governar. Na comparação com a última avaliação, a oscilação é de um ponto percentual a menos na confiança e de três pontos a menos na aprovação.
Temer X Dilma
Na comparação com o governo Dilma, o percentual que considera que o governo Temer está sendo melhor oscila de 23% para 24%. No entanto, a parcela de brasileiros que avaliam o governo Temer como pior cresce de 25% em junho para 31% agora. Na opinião de 38% da população, o governo Michel Temer está sendo igual ao governo Dilma (eram 44% em junho).
Os que consideram melhor estão principalmente na região Sul e possuem renda familiar superior a cinco salários mínimos. Os que consideram pior são, sobretudo, os moradores do Nordeste e os que possuem renda familiar de até um salário mínimo.
Avaliação por área de atuação
Assim como em junho, nas nove áreas avaliadas o percentual de desaprovação supera o de aprovação e as oscilações ocorrem dentro da margem de erro.
Taxa de juros e impostos continuam sendo as áreas com pior avaliação. Nos dois casos, o percentual de desaprovação é de 77% e o de aprovação, de 15%. As melhores avaliações são para as políticas de meio ambiente, com 32% de aprovação e 56% de desaprovação, e educação, com 31% de aprovação e 62% de desaprovação.
Opiniões sobre o noticiário
Para 43% dos entrevistados, as notícias recentes são mais desfavoráveis ao governo, diferença de apenas três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior (40%). Os que consideram as notícias mais favoráveis ao governo permanecem em 18%. Também fica dentro da margem de erro a variação dos que consideram que as notícias não são favoráveis, nem desfavoráveis: 26% em setembro e 25% em junho.
Na pesquisa atual, 52% dos entrevistados não lembram ou não mencionam notícias relacionadas ao governo Temer. Em junho, esse percentual era de 63%. Atualmente, os assuntos mais citados pelos entrevistados foram os seguintes:
– Reforma da Previdência Social/Mudanças nas regras da aposentaria/ Mudanças no fator previdenciário: 10%
– Manifestações contra o Governo Temer: 7%
– Viagem do presidente Temer à China, participação na reunião do G20: 5%
– Governo discute proposta de reforma na legislação trabalhista/ Jornada de trabalho de até 12 horas: 4%