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DIÁRIO DO GOLPE: ATÉ DIREITO AUTORAL O PATO DA FIESP IGNORA - Revista Publicittà DIÁRIO DO GOLPE: ATÉ DIREITO AUTORAL O PATO DA FIESP IGNORA - Revista Publicittà

DIÁRIO DO GOLPE: ATÉ DIREITO AUTORAL O PATO DA FIESP IGNORA

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Uma reportagem veiculada pela BBC de Londres e distribuída para todos os seus assinantes dá conta de que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) não procurou nem pagou direitos autorais para o artista plástico holandês Florentijn Hofman ao plagiar o modelo que o artista usou em sua mostra,  Rubber Duck(ou pato de borracha), que chegou a ser exposta em São Paulo, em 2008, e em cidades como Amsterdã e Hong Kong. O pato exibido em São Paulo curiosamente foi resultado de vetor que ele enviou para uma fábrica responsável por executar a sua obra e que é a mesma fábrica de infláveis que produziu o da Fiesp, o patão e os patinhos.

A reportagem da BBC mostra uma história absolutamente cômica protagonizada pelo pato que também foi retirado do gramado em Brasília, pois a capital federal é tombada assim como seu entorno e a federação sequer pediu autorização para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A primeira parte, a do pato, dessa opera buffa você lê aqui acessando o texto da BBC. Já o segundo ato desta opera buffa você lê aqui.

Por fim o terceiro ato da opera buffa revela o acerto e o erro da Fiesp na sua campanha publicitária “Não vou pagar o pato”, um acerto pois quem paga o pato é o cidadão brasileiro, o trabalhador brasileiro, pois o gordo pato da Fiesp é alimentado pela sonegação fiscal, tanto que da lista de maiores devedores de impostos e contribuições, divulgada em outubro pelo Ministério da Fazenda, exibe os grandes associados da federação (confira aqui), muitos dos quais buscam liminares para procrastinar o que devem, contribuindo para o déficit fiscal do país e para o investimento em áreas sociais. Tanto mais que grave que a maioria dos filiados à Fiesp recorre com frequência aos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), portanto a dinheiro dos trabalhadores por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Isso sem falar no histórico de ex-presidentes da Fiesp, que mesmo com dinheiro dos trabalhadores via BNDES foram incapazes de gerir suas empresas, literalmente faliram e os que assumem o posto parecem ser aqueles que o mercado industrial alijou de suas fileiras. Atores, portanto, canastrões dessa opera buffa.  

Pelo menos, não se pode acusar nessa campanha a Fiesp de mentir, pois  enquanto seus associados não pagam o pato, somos nos mesmo que pagaremos, tanto pior que ainda temos que assistir esses mesmo empresários buscar de pires na mão no BNDES o dinheiro do FAT. Como toda opera buffa, o cinismo está presente em todos os atos, mas neste é trágico o enredo, de cômico apenas o pato.

 

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