O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, ignorou os protestos de advogados e juristas, inclusive do ex-presidente da OAB, Marcelo Lavanère, e protocolou nesta segunda-feira, 28, pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff . A OAB une-se, assim, aos golpistas, apoiados pela hegemônica grande imprensa e alguns setores do Poder Judiciário, insuflados por esta mesma mídia, porta-voz das elites mais atrasadas do país, inclusive do pato gordo da sonegação fiscal que tornou-se símbolo da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), entidade que representa os interesses dos maiores sonegadores de impostos e tributos federais, como comprova a lista maiores devedores do país divulgada em outubro pelo Ministério da Fazenda .
Os protestos de advogados e juristas, porém, retiraram o brilho dos holofotes do ato de Lamachia. No Salão Verde do Congresso Nacional, advogados e manifestantes contrários ao pedido entoavam palavras de ordem, como “Não vai ter golpe”. O posicionamento da entidade causou reação de inúmeros membros da Ordem e de juristas, que divulgaram um manifesto pedindo à instituição que faça uma ampla e direta consulta a seus filiados sobre a entrega do documento.
O manifesto classifica a proposta da OAB de “erro brutal” e diz que “essa decisão, por sua gravidade e consequências, que lembra o erro cometido pela Ordem em 1964, jamais poderia haver sido tomada sem uma ampla consulta aos advogados brasileiros”. (Da Redação com Agência Brasil)