O fotógrafo Sebastião Salgado, o escritor Luis Fernando Verissimo, o jogador Zé Roberto e o cineasta Fernando Meirelles são as estrelas da campanha “Doadores de Talento”, criada pela J. Walter Thompson para a Santa Casa de Porto Alegre. A ideia é mostrar ídolos nacionais declarando-se doadores de órgãos que simbolizam seus principais talentos: o coração de Verissimo, os olhos de Meirelles e de Salgado e os pulmões de Zé Roberto.
A campanha alerta para o assunto e incentiva as pessoas a se declararem doadoras publicamente, assim como reforçam as personalidades. “Um dos maiores problemas da doação de órgãos no Brasil é a falta de informação da família sobre o desejo da pessoa que acaba de falecer”, ressalta a Gerente de Marketing da Santa Casa de Porto Alegre, Cristina Macedo.
Segundo o diretor de criação da J. Walter Thompson, Diego Wortmann, para sensibilizar, era preciso encontrar uma nova abordagem, já que foram feitas diversas campanhas sobre este assunto. “Queríamos que ídolos participassem da campanha, mas de um jeito diferente. Então, chegamos ao conceito “Doadores de Talento”. Afinal, o talento é como um órgão, que pode continuar vivo mesmo depois da morte”. Além dos quatro embaixadores, quem também aderiu à causa foram os jogadores do Grêmio, que em um dos jogos do time estamparam na camisa o desejo de se tornarem doadores de pulmões.
Os filmes protagonizados por Zé Roberto, Verissimo e Meirelles estão disponíveis no canal da Santa Casa de Porto Alegre. Além disso, os vídeos serão exibidos em TV fechada, aberta e cinemas de todo o país. A campanha ainda conta com anúncios e um hotsite, onde será possível enviar SMS para familiares declarando-se doador de órgãos.
Sobre a doação de órgãos em Porto Alegre:
A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre possui sete hospitais e mais de dois mil médicos. Além disso, já realizou mais de cinco milhões de procedimentos em 200 anos de atuação. O primeiro centro exclusivo de transplantes da América Latina está localizado dentro do hospital, onde já foram realizados centenas de transplantes. Esse número só não é maior pela falta de informação das famílias, que desconhecem esse desejo e acabam não concordando com o procedimento após o falecimento do familiar. Com isso, deixam de salvar até oito vidas através de um único doador.
