O Departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga acordo de patrocínio de US$ 160 milhões entre a gigante norte-americana Nike e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) segundo informou em sua edição de sábado, 13, The Wall Street Journal, um dos mais respeitados veículos de comunicação do meio empresarial global. De acordo com o Journal, como é chamado pelos norte-americanos, a investigação faz parte da apuração que levou à prisão dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa), acusados de atos de corrupção num escândalo que ficou conhecido como o Fifagate.
O contrato entre a CBF e a Nike foi selado em 1996, quando a empresa norte-americana pagou US$ 40 milhões em despesas de marketing que não estavam previstas no acordo inicial. Esse valor foi depositado em conta bancária na Suíça, em nome de uma empresa brasileira de marketing esportivo e é ele o alvo do rastreamento do FBI. As investigações visam levantar a ocorrência de suborno nessa relação.
No último dia 27 de maio, a polícia suíça prendeu sete dirigentes da poderosa Fifa, incluindo o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, no hotel Baur au Lac, em Zurique, atendendo solicitação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Eles estavam no local para a conferência da Fifa,que acabou por reeleger o suíço Joseph Blatter para o seu quinto mandato, ao qual ele renunciou menos de uma semana depois diante do agravamento das denúncias de corrupção na entidade máxima do futebol mundial.
Foram presos na Suíça, além de Marin, Jeffrey Webb, presidente da Confederação das Américas Central e do Norte (CONCACAF) e vice-presidente da Fifa; Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica; Julio Rocha, agente de desenvolvimento da Fifa; Costas Takkas, da Concacaf; Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol; e Rafael Esquivel, integrante da Conmebol e presidente da federação de futebol da Venezuela. O anúncio das prisões coincidiu com o uma operação na sede da Concacaf (Confederação da América do Norte, América Central e Caribe de Futebol) em Miami, como parte do caso que visa apurar os escândalos de corrupção no futebol, o FifaGate.
A bola segue em campo no Fifagate prometendo novas revelações durante a semana segundo apurou The Wall Street Journal.
