Depois da aposta – e do altíssimo retorno – com Os Guardiões da Galáxia em 2014, a Marvel Studios soube definitivamente que, para fazer bons filmes, não era preciso adotar tons épicos em todos os seus lançamentos. O humor, no caso, foi um dos ingredientes principais da história da super-equipe, que até então pouquíssima gente conhecia. Para Homem-Formiga, que estreia hoje, 16, o estúdio adotou a mesma dinâmica e espera, claro, o mesmo tipo de resposta da audiência.
Por Marcelo Forlani*
Mesmo com uma imensa importância no universo dos quadrinhos, especialmente para Os Vingadores, o pequeno herói ainda é uma incógnita para o grande público. A comicidade talvez seja um escape frente ao anonimato do personagem. Por esse motivo, é acertadíssima a escolha de Paul Rudd para viver o protagonista. O ator é conhecido, se não por seu nome, por papéis em comédias como O Âncora, O Virgem de 40 Anos e Eu Te Amo, Cara, além da participação no seriado Friends.
O filme é um dos projetos mais antigos da Marvel Studios e muitos fãs ficaram preocupados quando o cineasta inglês – e nerd – Edgar Wright (de Scott Pilgrim Contra o Mundo e Todo Mundo Quase Morto) abandonou o barco alegando “diferenças criativas”. Wright trabalhava há mais de seis anos no filme e mantém seu crédito como um dos roteiristas, mas a cadeira de diretor ficou com Peyton Reed, que deve utilizar o tom cômico característico de seus filmes, como Sim Senhor e Abaixo o Amor.
Reforços de peso no elenco – entre eles Michael Douglas e Evangeline Lilly – também garantem um voto de boa fé por parte dos espectadores, mesmo com a desconfiança gerada após a exibição dos primeiros trailers. Além de encerrar a fase 2 da Marvel nos cinemas, o Homem-Formiga promete já deixar plantadas algumas sementes do que vem por aí nos filmes do estúdio – o que já torna o ingresso imprescindível aos fãs da Casa das Ideias.
*Marcelo Forlani é colunista e um dos fundadores do Omelete (www.omelete.com.br), o maior portal de entretenimento e cultura pop do Brasil.