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INSTABILIDADE INSTITUCIONAL AFUGENTA INVESTIMENTOS NO BRASIL - Revista Publicittà INSTABILIDADE INSTITUCIONAL AFUGENTA INVESTIMENTOS NO BRASIL - Revista Publicittà

INSTABILIDADE INSTITUCIONAL AFUGENTA INVESTIMENTOS NO BRASIL

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Por Carlos Franco

A instabilidade institucional que implodiu o Brasil desde o golpe parlamentar-midiático, com o suporte de setores do Poder Judiciário, que içou Michel Temer ao Palácio do Planalto ao caçar o voto direto de mais de 54 milhões de brasileiros, continua a fazer estragos na economia brasileira, com dolorosos reflexos nos campos social e político. Um Executivo e um projeto de governo sem a legitimidade das urnas; um Legislativo que legisla em causa própria e um Poder Judiciário que se mostra, a cada dia, menor diante dos desafios a que está submetido, jogando para segundo plano  a Constituição e as próprias leis, constituem excelente combustível para a deteroriação de todos os indicadores e mergulha o Brasil em profunda recessão. Como bem observou em redes sociais o brilhante jornalista e advogado Antero Luiz, referindo-se ao último episódio de uma verdadeira Ópera Bufa, não é Renan Calheiros, o presidente do Senado, reú em processo de improbidade, que está acima da lei, é o Supremo Tribunal Federal (STF) que está abaixo dele.

Resultado: os dados hoje divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) tendem a se agravar. Terra arrasada por total ausência de instituições sólidas. O golpe na democracia que a República deveria espelhar cobra o seu preço e ele é alto. Confiram a nota do Ipea:

 

O Indicador Ipea de FBCF aponta queda de 1,5% no consumo de máquinas e equipamentos. Indicador da construção civil caiu 3,9%

 O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) lançado nesta quinta-feira (8) registra queda de 2,6% nos investimentos em outubro, na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. Segundo o técnico de planejamento e pesquisa do Grupo de Conjuntura do Ipea (Gecon) Leonardo Mello de Carvalho, “o novo recuo dos investimentos indica continuidade do quadro recessivo no quarto trimestre de 2016”.

Este é o quarto recuo mensal consecutivo do indicador de investimentos, deixando um carregamento estatístico (carry-over) de -4,8% para o quarto trimestre de 2016. Ou seja, caso o FBCF apresente crescimento nulo nos meses de novembro e dezembro, encerraria o último trimestre do ano com contração de 4,8% em relação ao trimestre anterior, também no indicador ajustado sazonalmente. Na comparação com outubro de 2015, o FBCF caiu 13,6%.

Os dois principais componentes do Indicador Ipea de FBCF apresentaram desempenho ruim em outubro. O consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – que estima os investimentos em máquinas e equipamentos correspondentes à produção industrial doméstica, acrescida das importações e diminuída das exportações –, apresentou recuo de 1,5%. Já o indicador de construção civil retraiu-se pela quarta vez em cinco meses, -3,9% frente ao período anterior, ainda na comparação com ajuste sazonal. Na comparação com outubro de 2015, os dois componentes apresentaram forte retração, com quedas de 15,4% e 13,5%, respectivamente.

Parte da composição do Came, a produção doméstica de bens de capital recuou 2,8% em outubro, na comparação dessazonalizada. Essa queda foi amenizada pelo comportamento do volume de importações de bens de capital no mesmo período. Após registrar três quedas consecutivas, o indicador de importações avançou 6,3% entre os meses de setembro e outubro. Já as exportações cresceram 1,2% na mesma base de comparação.

Entenda o indicador FBCF

A FBCF da economia é composta majoritariamente pelos investimentos em máquinas e equipamentos e em construção civil. Tendo em vista que os investimentos em máquinas e equipamentos equivalem ao Came, o Grupo de Estudos de Conjuntura (Gecon) do Ipea desenvolveu um indicador mensal da FBCF composto pela média ponderada desse indicador com um indicador de construção civil, que busca replicar a metodologia utilizada nas Contas Nacionais pelo IBGE. Além da vantagem da frequência mensal, há também a precedência temporal do indicador do Ipea em relação à divulgação da atualização do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais (SCNT) do IBGE. A metodologia de cálculo da proxy mensal da FBCF está detalhada no Texto para Discussão 2101

 

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