Quem nas casas de apostas de Las Vegas apostou que Katy Perry faria um show sensual ao extremo e tiraria a roupa, perdeu dinheiro. Ela fez mais do que isso, vestida e muito bem vestida, voou ao redor da grande arena de decisão do futebol norte-americano.
CARLOS FRANCO
Do impacto visual do imenso leão, daqueles que nossos carnavalescos levam para os desfiles das escolas de samba, conduzido por ela na abertura, às bolas de Pepsi, a cantora pop passou para uma versão tropical, colorida, com ondas e tubarões dançantes. Os pernambucanos certamente vão jurar que sua roupa foi copiada do frevo. Isso mesmo: duas sombrinhas de frevo, bem pequeninhas, é claro, serviram de sutiã colorido para a estrela. O lúdico foi o verbo imperativo da apresentação. O lado sexy se restringiu a uma pequena, quase ingênua provocação com Lenny Kravitz, assim que ela desceu do imenso e brilhante leão – os das nossas escolas de samba são certamente mais bem produzidos. E só.
Da ilha da fantasia e do frevo, ela mergulhou no universo cibernético que Pepsi criou como palco e contou com o apoio de Missy Eliott até que o inesperado se deu minutos depois. Ao entoar Firework, acompanhada pela vibração do estádio, ela voou. Surpreendeu como os cometas e tudo foi muito rápido porque em 12 minutos de intervalo, monta-se e desmonta-se a megaestrutura, pois o maior espetáculo do Super Bowl XLIX é a bola em campo.
As bolas de Pepsi, no uso de iluminação absolutamente impecável, abriram alas para Katy Perry e se apagaram na mesma velocidade. Ela provou que definitivamente é uma estrela. E voa.