Ícone da música e da poesia contemporâneas, o canadense Leonard Cohen possui uma legião de fãs em todo o mundo. O cantor, compositor e escritor morreu na noite da última quinta-feira, 10 de novembro de 2016 , aos 82 anos. Ele havia lançando seu 14º disco, “You want it darker”, em outubro.
No primeiro semestre, a editora BestSeller publicou “I’m your man”, biografia de Cohen escrita pela conceituada jornalista inglesa Sylvie Simmons. No livro, a autora desvenda, em minúcias, a trajetória de Cohen, da infância em Montreal ao lançamento de “Old Ideas”, passando pela construção da sólida carreira artística, pela imersão na cultura judaica, a obsessão com a simbologia cristã e a devoção ao budismo. O resultado é um trabalho completo, que dedica igual atenção às conquistas profissionais, à vida pessoal e à religiosidade do personagem. Além das mais de 500 páginas de texto, a obra traz ainda um encarte de imagens.
Para escrever o livro, a autora visitou as várias cidades em que Cohen viveu e trabalhou, como Montreal, Califórnia, Nova York, Londres e Hidra, entre outras. Nesses locais, conversou com familiares e amigos do músico, além de parceiros de trabalho, produtores, editores,professores, musas, amantes, rabinos e monges. Ao todo, realizou entrevistas com mais de cem pessoas, que cederam a ela também cartas, diários, agendas de endereços, matérias de jornais e fotos.
“Escrever uma biografia, ainda mais de alguém ainda vivo, é imergir na vida daquela pessoa a um ponto que provavelmente levaria você a ser internado em uma clínica psiquiátrica. (…) Como Leonard se mudou muito, geográfica e espiritualmente, de todo jeito, isso rendeu uma quantidade invejável de milhas aéreas e também apresentou desafios. Tive a sorte extrema de ter encontrado muita gente pelo caminho disposta e capaz de ajudar”, diz, nos agradecimentos finais, a autora, que teve a colaboração e o apoio do próprio Cohen para escrever a obra.
O livro teve enorme repercussão na imprensa. O jornal Rascunho fez uma bela entrevista com a autora, e publicou também uma ótima resenha do livro. Também saíram boas resenhas na Folha de São Paulo, no Estadão, na revista Rolling Stone, e uma entrevista no Globo. (Do Blog da Editora Record)