O ator, produtor cultural e diretor Luiz Carlos Miele, de 77 anos, morreu hoje (14), em sua casa, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. O corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros da Gávea, acionado por sua mulher que o viu caído após um mal súbito, mas quando os profissionais chegaram nada mais podia ser feito e a história de um showman virava sua última página, deixando de legado o glamour e a fina inteligência que sempre foram sua marca registrada no mundo da arte de entreter.
Natural de São Paulo, Luiz Carlos Miele foi locutor das rádios Nacional do Rio de Janeiro, Excelsior e Tupi, na década de 1950, antes de seguir carreira na televisão. Produziu uma série de programas e dirigiu artistas famosos por décadas.
No início da carreira, trabalhou ao lado do amigo Ronaldo Bôscoli, com quem organizou o show de bossa nova no Beco das Garrafas, que revelou o ritmo musical. Juntos, também produziram o programa O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, na TV Record, na década de 1960. Miele também dirigiu shows de artistas como Roberto Carlos, Wilson Simonal e Sergio Mendes.
Televisão
Nas décadas seguintes, trabalhou em diversas emissoras de televisão. Apresentou e fez a seleção musical de programas como o Fantástico, da TV Globo. Na antiga TVE, por exemplo, fazia entrevistas e recebia convidados em A Vida é um Show, em 2002.
Miele também atuou em programas de humor e foi ator de cinema e televisão. Entre os últimos trabalhos estão a novela Geração Brasil e a série A Teia, ambas na TV Globo, em 2014.
Ultimamente, fazia apresentações de humor, em que revelava curiosidades de personalidades e grandes artistas com quem conviveu durante a carreira. O velório está confirmado para amanhã, a partir das 7h, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e o enterro está previsto para as 16 horas no Cemitério do Caju, na zona portuária. (Da redação com Agência Brasil)