O Museu do Amanhã, espaço idealizado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e Fundação Roberto Marinho, apresentará a origem do planeta Terra, do homem e a relação do ancestral com os avanços científicos e tecnológicos a partir de 19 de dezembro. Para recepcionar o público, um vídeo em realidade virtual produzido pela O2 Filmes, por meio do núcleo Outras Telas, e com trilha sonora da LOUD, ocupa o Portal Cósmico. Este espaço é a porta de entrada aos visitantes antes de seguirem para as outras salas interativas.
O filme mostra uma retrospectiva da evolução com atenção focada nas causas ambientais, desde a origem do universo (Cosmos) até os dias de hoje, propondo uma reflexão e questionamento sobre o futuro. Para imprimir a função sociocultural e interativa do Museu, a LOUD compôs uma trilha para estimular os sentidos e complementar a grandiosidade do filme de oito minutos exibido em um domo de 360º, formato do Portal Cósmico.
Com entrada gratuita, o Museu fica na Praça Mauá e integra o projeto de revitalização do Porto Maravilha, área portuária da capital carioca. As pessoas encontrarão as perspectivas para os próximos 50 anos por meio dos temas Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhã e Agora. A proposta é fazer com que os visitantes pensem sobre como colaborar com as questões ambientais e como pertencer a um local frente à globalização.
“Foi um processo muito rico. Pudemos explorar diferentes frentes de sonoridade e nos aprofundar no tema. É uma satisfação fazer parte de um projeto com essa importância cultural”, destaca a produtora executiva da LOUD, Simone Marinho. Para o visitante imergir no cenário de realidade virtual e aguçar os sentidos, os maestros da LOUD produziram uma trilha com tom impactante que marcam três etapas. No momento do Big-Bang, a sonoridade é mais imponente por instrumentos de orquestras sobrepostos aos samples digitais; no surgimento da vida, um tom introspectivo e poético toma lugar; e para representar o desenvolvimento humano, ritmos de culturas diferentes se misturam.
O piano como fio condutor, os instrumentos de cordas, como violino, viola caipira, rabeca, bandolim e violão, e os de percussão tribal, como derbak e djembe, que a produtora de som coleciona ao longo dos anos, se somam a um coral e elementos de música concreta.“Trabalhamos com samples digitais e instrumentistas reais sobrepostos, seguindo uma sonoridade atual encontrada em trilhas sonoras grandiosas e proporcionando forte experiência sensorial”, explica o maestro e sócio Felipe Vassão.
“Aplicamos nossa criatividade ao adotar os instrumentos como guias para exercitar as percepções dos visitantes. Um exemplo é a parte que o domo estará coberto por cenas com água, quando aplicamos o piano com pedal “abafador” que dá a sensação de estarmos submersos”, descreve a maestrina e sócia Janecy Nascimento. Considerando a linha educacional do local, a equipe da LOUD também utilizou instrumentos sonoros pertencentes a diferentes lugares, mostrando ao público a diversidade de culturas e povos.
A média de tempo entre criação e maturação do trabalho da LOUD foi de três meses, desde o primeiro esboço até a entrega da trilha sonora que completa o vídeo.
