Apesar de alguns esforços educacionais importantes, que incluem programas de capacitação de professores, aberturas de novas escolas de idiomas e de plataformas de aprendizado online, além do entusiasmo com os grandes eventos internacionais, o Brasil ainda tem uma baixa proficiência em inglês. Foi o que revelou a quinta edição do EF EPI (índice de Proficiência em Inglês), o mais abrangente índice mundial de competência em inglês. O estudo é realizado pela EF Education First. Para produzir a quinta edição do ranking, a empresa de educação internacional avaliou gramática, vocabulário, leitura e compreensão de 910 mil adultos em 70 países e territórios que não têm o inglês como idioma nativo. De acordo com o levantamento, o Brasil ficou em 41º lugar, com 51,05 pontos, colocação não muito diferente da obtida em 2014. No entanto, os resultados mostram que os brasileiros conseguiram ganhar 1,09 ponto em comparação com o ano anterior. O levantamento também disponibiliza um ranking dos estados brasileiros. De acordo com o EF EPI 2015, o Distrito Federal apresenta os melhores resultados, seguido de São Paulo e Rio de Janeiro.
O EF EPI 2015 mostrou que os suecos são os que melhor falam inglês, seguidos dos holandeses e dinamarqueses. Já o Oriente Médio e o Norte da África são as regiões com o inglês mais fraco.
De acordo com o índice, a Europa tem a melhor proficiência em inglês de todas as regiões do mundo. A União Europeia promove “o plurilinguismo e a educação intercultural” em todos os países membros. Já na Ásia, desde 2007, a proficiência em inglês entre adultos melhorou mais do que em qualquer outra região. Com suas economias internacionais em ascendência, os países do continente investem em instrução de inglês como ferramenta para acelerar a globalização. Em relação à América Latina, a região está em uma trajetória positiva desde 2007, mas a proficiência em inglês entre adultos continua fraca. Dos 14 países latino-americanos deste índice, todos – menos um, a Colômbia – melhoraram desde o ano passado. Dois países da região, Argentina e República Dominicana, se destacam, com proficiência alta e moderada, respectivamente. Ainda segundo o levantamento, o Oriente Médio e o Norte da África têm o nível de proficiência em inglês mais baixo do mundo e o nível geral de proficiência está em declínio. Apesar de um significativo progresso na expansão do acesso à educação primária, aumentando o número de meninas nas escolas e reduzindo barreiras educacionais em zonas rurais, os sistemas escolares dessas regiões não têm progresso significativo no ensino de inglês, conforme aponta o EF EPI 2015.
“O EF EPI mostra o poder de um grande banco de dados para informar sobre políticas de educação, decisões de investimentos e práticas em sala de aula”, diz Enio Ohmaye, Diretor de Tecnologia da EF. “Estamos muito contentes, pois este ano o EF EPI vai começar a incorporar os dados do EFSET, que está revolucionando a indústria de testes como o primeiro exame de proficiência em inglês padronizado e grátis do mundo”. A EF lançou o EFSET para oferecer a um universo de dois bilhões de estudantes de Inglês um teste padronizado de alta qualidade e acessível, uma ferramenta valiosa para indivíduos, governos, universidades e empresas. Dois estudos de correlação recentes revelaram que o EFSET é tão confiável e preciso como TOEFL e IELTS. Pesquisadores da Escola de Pós-Graduação de Educação de Harvard usaram o EFSET para pesquisa de linguagem e o LinkedIn levou seus membros a certificar o seu Inglês através do EFSET. Os dados do EFSET serão usados em futuras edições do EF EPI , contribuindo para ampliar ainda mais o alcance do estudo e sua importância como referência internacional de proficiência em Inglês.
Destaques do EF EPI 2015
- Mulheres falam inglês melhor do que os homens em quase todos os países pesquisados, mas essa diferença por gênero não existe nos países do nordeste da Europa onde a proficiência é muita alta.
- Países europeus, particularmente os nórdicos, continuam a superar as outras regiões, ocupando as primeiras 10 colocações do ranking.
- O Oriente Médio e o Norte da África são as únicas regiões com o índice de proficiência em declínio.
- Apesar das mudanças anuais nas posições do ranking, as correlações entre habilidade em inglês e renda per capita, qualidade de vida, conectividade e vários outros indicadores continuam fortes e estáveis.
- O estudo explora, pela primeira vez, a conexão entre proficiência em inglês dos países e o nível de inovação em suas respectivas economias.
EF EPI-s – A quinta edição do ranking fez, ainda, o primeiro levantamento para escolas e Universidades. O EF EPI-s (Índice de proficiência em inglês para escolas) é um estudo sobre o aprendizado do inglês por parte de alunos do ensino médio e superior. Esta primeira edição mediu os níveis de proficiência de leitura e compreensão do idioma de 130 mil alunos de centenas de escolas e universidades parceiras em 16 países.
O objetivo desse estudo não é criar uma classificação internacional de instituição ou países e sim apresentar as tendências sobre aquisição de inglês nesse conjunto de dados. Com o EF EPI-S, os realizadores quiseram traçar um panorama do aprendizado do inglês durante o ensino médio e o superior em diferentes regiões e esperam que o levantamento possa contribuir para que educadores e governos atuem no sentido de melhorar os resultados do ensino do inglês atual.
Com base nos resultados do estudo, os realizadores do EF EPI-s constataram que monitorar o desenvolvimento do inglês dos alunos ao longo do tempo deve ser uma prioridade. Entre as recomendações apresentadas no estudo estão questões como a adoção, em todos os níveis, de avaliações padronizadas comparáveis para monitorar o progresso de aprendizado de inglês; o alinhamento do ensino de inglês para garantir transições estáveis entre os estágios de aprendizado; o equilíbrio entre diferentes habilidades de inglês; o ensino de inglês depois do ensino médio e a utilização de recursos e da experiência internacional.
Entre as principais conclusões do EF EPI-s estão:
- A compreensão auditiva se desenvolve mais rápido, ultrapassando a leitura no ensino médio e superior. Com o crescimento dos alunos, essa lacuna geralmente diminui, mas não em todos os países.
- Há uma maior variação na compreensão auditiva do que na leitura de inglês. Isso pode ser resultado de mais exposição ao inglês falado do que escrito fora da sala de aula.
- Alunos não melhoram o inglês de maneira constante. Em alguns países, os alunos melhoram muito no início do ensino médio, mas não progridem nos últimos anos. Em outros países, o aprendizado é constante até a universidade. No caso do Brasil, por exemplo, os alunos melhoram rapidamente no final do ensino médio, mas não melhoram nada na universidade.
- Como visto anteriormente, o EF EPI 2015 mostrou que, na maioria dos países, as mulheres falam inglês melhor que os homens. Essa lacuna entre sexos também está presente em alunos desde os 13 anos.
- O conhecimento de inglês varia entre alunos de cidades diferentes, de escola pública ou privada e universitários em áreas diferentes.
Sobre a EF Education First
A EF Education First é uma empresa de educação internacional focada em idiomas, programas acadêmicos e experiências culturais. Fundada em 1965 com a missão abrir o mundo através da educação, tem mais de 500 escritórios e escolas em 53 países e é a fornecedora oficial de serviços de treinamento de idiomas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
EF EPI – Índice de Proficiência em Inglês 2015
Ranking |
País |
Pontuação |
1 |
Suécia |
70.94 |
2 |
Holanda |
70.58 |
3 |
Dinamarca |
70.05 |
4 |
Noruega |
67.83 |
5 |
Finlândia |
65.32 |
6 |
Eslovênia |
64.97 |
7 |
Estônia |
63.73 |
8 |
Luxemburgo |
63.45 |
9 |
Polônia |
62.95 |
10 |
Áustria |
61.97 |
11 |
Alemanha |
61.83 |
12 |
Singapura |
61.08 |
13 |
Portugal |
60.61 |
14 |
Malásia |
60.30 |
15 |
Argentina |
60.26 |
16 |
Romênia |
59.69 |
17 |
Bélgica |
59.13 |
18 |
República Tcheca |
59.01 |
19 |
Suíça |
58.43 |
20 |
Índia |
58.21 |
21 |
Hungria |
57.90 |
22 |
Letônia |
57.16 |
23 |
Espanha |
56.80 |
24 |
República Dominicana |
56.71 |
25 |
Eslováquia |
56.34 |
26 |
Lituânia |
55.08 |
27 |
Coreia do Sul |
54.52 |
28 |
Itália |
54.02 |
29 |
Vietnã |
53.81 |
30 |
Japão |
53.57 |
31 |
Taiwan |
53.18 |
32 |
Indonésia |
52.91 |
33 |
Hong Kong |
52.70 |
34 |
Ucrânia |
52.61 |
35 |
Peru |
52.46 |
36 |
Chile |
51.88 |
37 |
França |
51.84 |
38 |
Equador |
51.67 |
39 |
Rússia |
51.59 |
40 |
México |
51.34 |
41 |
Brasil |
51.05 |
42 |
Emirados Árabes Unidos |
50.87 |
43 |
Costa Rica |
50.53 |
44 |
Uruguai |
50.25 |
45 |
Paquistão |
49.96 |
46 |
Guatemala |
49.67 |
47 |
China |
49.41 |
48 |
Panamá |
48.77 |
49 |
Sri Lanka |
47.89 |
50 |
Turquia |
47.62 |
51 |
Iêmen |
47.60 |
52 |
Marrocos |
47.40 |
53 |
Jordânia |
47.33 |
54 |
Cazaquistão |
47.04 |
55 |
Egito |
46.73 |
56 |
Irã |
46.59 |
57 |
Colômbia |
46.54 |
58 |
Omã |
46.34 |
59 |
Venezuela |
46.14 |
60 |
Azerbaijão |
46.12 |
61 |
El Salvador |
45.52 |
62 |
Tailândia |
45.35 |
63 |
Qatar |
43.72 |
64 |
Mongólia |
43.64 |
65 |
Kuwait |
42.65 |
66 |
Iraque |
40.69 |
67 |
Algéria |
40.34 |
68 |
Arábia Saudita |
39.93 |
69 |
Camboja |
39.15 |
70 |
Libia |
37.86 |
FONTE: PRNEWSWIRE