Um anúncio criado pela Ogilvy & Mather britânica para a Kazam, empresa que disputa em plataforma online o mercado de celulares oferecendo design e, sobretudo, produtos cada vez mais leves e finos, foi vetado pela poderosa Advertising Standards Authority (ASA) United Kingdon. Trata-se uma espécie de CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) do Reino Unido. ASA não levou em conta o fato de o CLEARCAST, o órgão inglês que libera os comerciais para televisão ter restringido o filme apenas para faixa etária, observando que o mesmo era ligeiramente sensual. O veto é o assunto do dia no mercado publicitário londrino e em redes sociais dos súditos de Sua Majestade, a Rainha Elizabeth II.
Em seu despacho publicado hoje, com repercussão na mídia especializada e nos principais jornais ingleses e que você pode conferir aqui, ASA, que é um órgão independente, considerou o comercial tal qual se apresenta – se ainda não foi retirado do Youtube, você ainda o confere, inadequado informando que este “violou o Código BCAP (de conduta publicitária)” por ofender as mulheres. ASA explica que recebeu oito reclamações após a publicidade ter sido veiculada.
O filme mostra uma mulher de calcinha andando pela casa, com muita sensualidade e, inclusive passando o dedo por partes mais íntimas, e depois passando, mas com um ferro de passar roupa, diga-se, uma calça e uma camisa que irá vestir. Quando o telefone toca, ela então o procura no bolso da calça, mas acaba por encontrá-lo no da camisa que estava passando. Situação em que slogan do celular é apresentado como “o telefone mais fino do mundo”.
ASA em seu despacho, depois de analisar da defesa de Kazam, observou que, em grande parte o anúncio está voltado para atriz sem a roupa de baixo, incluindo cenas que contaram com vários close-up que pairavam sobre os seios, nádegas e lábios para anotar em relação ao filme que “consideramos sexualmente sugestivo. Além disso, este foi agravado pela natureza sugestiva da música e a voz em off reforçando que o foco sobre a mulher não tinha qualquer relevância para o produto anunciado”. Por isso, concluiu o documento, ASA “considerou que o estilo geral do anúncio serviu para objetivar as mulheres. Assim, concluímos que o anúncio era susceptível de causar grave ofensa a alguns espectadores na base de que objetivou mulheres. O anúncio não deve ser transmitido novamente na sua forma atual. Dissemos a Kazam online Ltd para garantir que os anúncios futuros não causem ofensa objetificando mulheres”.
De calcinhas, celulares e novos modelos super finos, os ingleses vão se abastecendo com novas piadas, testando o humor típico dos britânicos.