Liderança feminina: no Fórum Econômico Mundial em Davos, chanceler alemã, Angela Merkel destaca posicionando do país diante das dificuldades da economia mundial
Foi na tarde de ontem (22), que a chanceler alemã, Angel Merkel, fez seu discurso de abertura no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Em cerca de 16 minutos, a representante da maior economia europeia mostrou ao mundo porque a Alemanha leva esse título. Quem comenta o tema é a coordenadora do curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina – FASM, Rita do Val.
“Angela Merkel iniciou seu discurso enfatizando os pontos de aprendizado no ano de 2014”, explica a docente. “A Alemanha, como é de conhecimento geral, foi o país que sustentou a União Europeia em um período de crise, que desfalcou o bloco como um todo. Além disso, a Chanceler aproveitou para fazer menção aos atos terroristas relacionados à mídia. Colocando-se muito bem, nos recordou daquilo que banalizamos: a liberdade como princípio da vida democrática”.
Merkel também recordou que, em outubro de 2015, a Alemanha completa 25 anos desde a sua reunificação. Ela aproveita o tema para criticar o posicionamento russo frente à soberania ucraniana. “Segundo seu discurso, ela condena a postura de Putin ao atacar um país que abre mão de armas nucleares. Não podemos passar essa mensagem, de que munição bélica de tal porte seja garantia de territorialidade”, afirma a coordenadora.
“A representante também aproveitou para afirmar que o Banco Central europeu terá suas ações independentemente das condutas alemãs. Esse pronunciamento é extremamente importante para garantir a imparcialidade da instituição diante dos outros membros da União”, afirma Do Val. “Além disso, Merkel traz a evolução tecnológica como instrumento crucial para que os países saiam integralmente da crise. Outro fato interessante é o planejamento estruturado oferecido pelo país, que fez com que nenhuma nova dívida fosse contraída no ano de 2014”.
Como último ponto de seu discurso, merece destaque a ênfase da chanceler para a questão da participação feminina no mercado. “Merkel é uma estadista extremamente inteligente, em uma posição ocupada prioritariamente por homens. Ao mencionar o fortalecimento da independência e da formação das mulheres, ela mostra, mais uma vez, as razões de estar à frente de seu país”, comenta a internacionalista.