As previsões da ZenithOptimedia dão conta de que os investimentos vão melhorar de forma constante nos próximos anos, com taxas de crescimento previstas em 5,5% neste ano que se encerra, 5,8% em 2015 e 6,1% em 2016.
A ZenithOptimedia informou ainda que a quantidade total do investimento em mídia deve chegar a US$ 537 bilhões no final de 2014, diante de uma melhora na perspectiva econômica global e rápido aumento da publicidade em dispositivos móveis.
Ainda segundo o estudo, os mercados em desenvolvimento irão aumentar sua participação no investimento publicitário nos próximos dois anos de 35% para 39%, com a China ultrapassando o Japão como segundo maior mercado de publicidade do mundo em 2016, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
O dado, embora promissor, revela uma constante queda no investimento publicitário na mídia impressa, que parece cada vez mais distante do público, tanto pelas opiniões que emite como pelo pessimismo que respira em suas páginas, afastando aqueles que começam, hoje, a construir suas vidas e seus sonhos.
A visão crítica foi confundida com o ser do contra em tudo, então, os leitores preferem mergulhar de cabeça em suas redes sociais e comemorar as realizações e passeios com os amigos. Faz sentido. Os jornais e revistas tornaram-se depósito apenas de fracassos, escândalos e tudo aquilo que em nada contribui para uma vida mais saudável. Deixou-se de lado, o que é positivo, priorizou o negativo. Agora, cerram as portas e se endividam. Pouco a pouco, perderam anunciantes, pois a publicidade e propaganda precisa do belo para vender o mais belo, precisa de um consumidor otimista. Precisamos de ganhadores não do mimimimmi irritante dos perdedores, que parecem ter encontrado guarida nos impressos.
A ZenithOptimedia tem alertado também, nos últimos anos, que os dispositivos móveis começam a abocanhar grande fatia dos gastos publicitários. Neles, tudo é mais direto. São ainda uma grande oportunidade de negócios e de visibilidade. Outra novidade é a extrema segmentação da mídia, com veículos basicamente criados, de forma alternativa, para atender tribos. O mercado de revistas é um bom exemplo, sobretudo o de quadrinhos, que é crescente tanto nas tradicionais bancas como nos tablets. A plataforma Android vai ganhando espaço, já que a Amazon parece ter jogada a toalha com seu Kindle, que parou no tempo. As classes emergentes do mundo têm pressa e vão consumindo mídia como nunca, para sorte das agências e azar dos veículos tradicionais, que vão perdendo a parada e comprometendo até o que tinham de mais valioso: a credibilidade.