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O OLHAR VIAJANTE DE PIERRE VERGER - Revista Publicittà O OLHAR VIAJANTE DE PIERRE VERGER - Revista Publicittà

O OLHAR VIAJANTE DE PIERRE VERGER

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As viagens do fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês Pierre Verger (1902-1996) são o tema de uma exposição aberta no Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Com o nome As Aventuras de Pierre Verger, a mostra fica em cartaz até 30 de dezembro e pretende, sobretudo, atrair as crianças.

A curadoria e coordenação é de Alex Baradel, responsável pelo acervo da Fundação Pierre Verger. “Pensamos em mostrar um pouco o itinerário de Verger até ele chegar no Brasil, depois de várias viagens que fez, focando um pouco nos assuntos que interessam também ao público infantil”, disse o curador.

“As crianças se identificam muito nas fotografias de Pierre Verger, embora sejam em preto e branco e antigas. Mas ele era precursor porque sempre desejou conhecer outros mundos, viajar e descobrir outras culturas. E esse é um assunto que sempre interessa aos mais jovens – o de ver outros horizontes. Pegamos viagens atraentes para as crianças, por exemplo uma viagem que ele fez à Polinésia onde, durante quatro meses, morou em uma ilha sem nada, assim como Robinson Crusoe [personagem náufrago de um romance inglês]. E é o sonho de muitas crianças viver em uma ilha”, disse Baradel.

Na exposição, as fotografias de Verger dialogam com outros documentos, entre eles uma obra do pintor Paul Gaughin e uma revista das Aventuras de Tintin [história em quadrinhos criada em 1929]. São cerca de 270 fotografias – 50 delas em vídeo – registradas pelo fotógrafo em suas viagens, agrupadas em nove módulos que ajudam a contar as viagens de Verger: Paris, Viagens, Polinésia, Saara, China, Peru, África, Projeto e Educativo. Há também 11 ilustrações do artista visual baiano Bruno Marcello (Bua) que retratam Verger em diversos episódios e contextos.

Verger saiu da França com 30 anos, após a morte de sua mãe. Passou então muitos anos viajando pelo mundo até que, em 1946, chegou a Salvador. “Quando chegou à Bahia, ele se apaixonou pela cidade, se interessou muito pela cultura afro-brasileira e passou a viver em Salvador, até a morte”, contou o curador. Na Bahia, ele começou a se interessar pela religião de origem africana, que passou a ser tema de suas pesquisas e fotografias. (Elaine Patricia Cruz/Repórter da Agência Brasil)

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