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O OVO DA SERPENTE

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Por Sandro Alves de França

O Estado Islâmico (IE ou ISIS, nas siglas mais usadas) reivindicou a autoria dos atentados terroristas do dia 13 de novembro em Paris, França. Da barbárie abissal que eles são capazes o mundo já sabe através dos tenebrosos vídeos das execuções do grupo divulgados na Internet. No entanto, ninguém podia imaginar que o ISIS teria força e estrutura para agir com tamanha precisão e ousadia dentro de uma das cidades mais importantes do mundo que já havia vivenciado meses antes uma tragédia parecida, embora em proporções bem menores.

O grupo terrorista deixa de ser algo restrito ao Oriente Médio e ultrapassa as fronteiros do Ocidente. Foi, entretanto, através das potências ocidentais que o “ovo da serpente” do ISIS foi chocado. Primeiro com a política externa intervencionista dos EUA no Iraque, que aprofundou os conflitos étnicos no país e “empurrou” as etnias iraquianas pró-Saddam Husseim a engrossar as fileiras do embrião do que viria ser o ISIS.

Depois, na desastrada intervenção militar na Síria. Liderada pelos EUA, a coalização da OTAM (Organização do Tratado do Atlântico), também composta pelo Reino Unido e pela França, teve a ideia genial de armar os rebeldes para  combater o exército do ditador Bashar Al-Assad. Parte deles formou a milícia que controla boa parte dos territórios do Iraque e da Síria e que vem sistematicamente atualizando ao mundo o conceito de horror e barbárie. Assad é um facínora, um déspota sanguinário que conta com apoio de países como a Rússia, do protoditador e neoczar Vladimir Putin. Ocorre que perto dos rebeldes apoiados pela OTAM, e que hoje comandam o ISIS, o presidente sírio é um paladino do humanismo! Uma ironia cruel, corrosiva e simbólica do quão nociva e estúpida pode ser a intervenção estrangeira no Oriente Médio.

O ovo foi chocado, o veneno já vitimou e se espalhou mundo afora. Resta agora agir para tentar erradicar o mal, mas matar essa serpente não será uma tarefa fácil, pois ela foi muito bem amamentada pelos seios ocidentais.

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