A norte-americana Kelvinator, marca de refrigeradores fundada em 1914 e hoje em poder da Eletrolux, foi quem espalhou a moda do pinguim de geladeira pelo mundo nos anos 1940.
A Kelvinator para atrair vendas na década de 1940 decidiu presentear com um pinguim de porcelana, que integrava a sua identidade visual, os compradores de seus refrigeradores. A moda pegou. As vendas decolaram e o pinguim ganhou lugar cativo nas geladeiras. As imagens de casas modernas, fotografadas por revistas que espalhavam no pós-guerra o chamado “american way of life”, o estilo de vida norte-americano, sempre revelavam o pinguim em cima da geladeira. Símbolo de charme e status.
Os concorrentes de Kelvinator correram para criarem os seus pinguins e a indústria da porcelana e de decoração viram no objeto a chance de darem novo salto, deram e não entraram em fria.
O pinguim tornou-se obrigatório em cima das geladeiras. E se, num passado não muito distante, alguns passaram a considerá-lo brega, um objeto kitsch, o pinguim, de fraque e cartola, não se fez de rogado e deu a volta por cima: tornou-se cult. Hoje, o objeto está presente em antiquários e em lojas de artigos baratos. Uma resistência de fazer inveja. O pinguim, é fato, veio para ficar nas casas desde a década de 1940, de preferência em cima da geladeira, e delas nunca mais sair. Tem até lendas urbanas de que, com eles, o refrigerador cumpre melhor a sua função, uma espécie de amuleto do frio.
O pinguim da Kelvinator, por sinal, continua em atividade, nos Estados Unidos, como mostra esse curto comercial.