Cerca de 1 bilhão de pessoas são dependentes de florestas para a subsistência. FAO alerta que aproximadamente 12 milhões de hectares de florestas são desmatados anualmente.
Os impactos das mudanças climáticas nas florestas e na agricultura foram tema da Conferência do Clima (COP21) na terça-feira (1), em Paris, na França. A reunião foi feita no contexto da Ação de Agenda Lima-Paris (LPAA), uma articulação feita pelos governos do Peru e da França, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), lançada em dezembro de 2014.
A LPAA tem o objetivo de reforçar a ação climática prevista para a COP21 por meio da “mobilização de uma ação robusta global em direção ao baixo carbono, sociedades resilientes e promoção de maior apoio para iniciativas já existentes”, segundo a UNFCCC. A reunião de terça-feira discutiu formas de evitar o desmatamento e ameaças à agricultura sustentável e às formas de subsistência das pessoas.
Segundo estimativas da ONU, cerca de um bilhão de pessoas dependem diretamente de florestas para sua subsistência, e em cada ano, aproximadamente 12 milhões de hectares de floresta são destruídos. Essa perda verde é responsável por aproximadamente 11% das emissões globais de gases estufa.
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) destacaram o fato do setor agrícola ser um dos mais gravemente afetados por climas extremos, mas também ser responsável por cerca de 24% das emissões de gás carbônico, responsáveis pelas mudanças climáticas.
As agências da ONU anunciaram seis iniciativas para proteger as formas de sobrevivência de milhões de fazendeiros e reduzir a liberação de gases estufa. As ações focam em quatro pontos-chave: solos na agricultura; o setor de pecuária; perdas de alimentos e desperdício; métodos de produção sustentável e resiliência de fazendeiros.
As novas parcerias devem fornecer dinheiro e conhecimento para países em desenvolvimento e desenvolvidos, ajudando fazendeiros em dificuldades a se tornarem atores principais no caminho para atingir um futuro resiliente ao clima e com baixa emissão de carbono.