Dia Internacional da Mulher com consciência, respeito, igualdade salarial, fim da violência e fim do racismo. Estes são os pedidos que a embaixadora da ONU Mulheres Brasil, Camila Pitanga, faz em favor dos direitos das mulheres brasileiras, da igualdade de gênero e do empoderamento as mulheres durante todos os dias do ano.
Em mensagem em vídeo, a atriz conclama a igualdade de oportunidades e os direitos iguais como homenagem a todas as brasileiras, propondo a hastag #TrocoPresenteporIgualdade. “Você, homem, mulher, governo, sociedade, é capaz de dar este presente? Reconhecer que temos os mesmos direitos? Que este dia te estimule a repensar”, propõe a atriz.
A mensagem da embaixadora da ONU Mulheres se soma à campanha global da entidade no Dia Internacional da Mulher em torno da iniciativa “Por um planeta 50-50: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, em apoio à Agenda 2030 da ONU por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A campanha é assinada pela agência Propeg. “A Propeg se orgulha de fazer parte desta campanha em parceria com a ONU Mulheres, provocando o debate a respeito da igualdade de gênero, em busca de um mundo melhor e igualitário não apenas para as mulheres, mas para toda a sociedade”, afirma André Amoedo, diretor de criação da agência.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, a igualdade de gênero somente acontecerá se forem eliminadas todas as formas de discriminação contra as mulheres.
“Temos de quebrar o ciclo perverso da violação de direitos das mulheres. Isso implica mudanças concretas e diárias dentro de casa, na maneira como as pessoas vivem, nas estratégias e nos investimentos em políticas públicas, no avanço de leis que garantam os direitos das mulheres, na responsabilidade de empresas para enfrentar barreiras que ainda impedem salário igual e mais poder para as mulheres desenvolverem suas carreiras”, destacou Nadine.
Paridade de gênero
“Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero” é uma iniciativa da ONU Mulheres para que os governos assumam compromissos nacionais para enfrentar os desafios que estão impedem mulheres e meninas de alcançar seu pleno potencial.
Planeta 50-50 surgiu em março de 2015 como proposta da ONU Mulheres de acelerar os compromissos em prol do empoderamento de mulheres e meninas.
A iniciativa está vinculada à Agenda 2030 das Nações Unidas, a ser implementada pelo cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que fornece um roteiro abrangente por meio de 17 objetivos globais e 169 metas, para o futuro das pessoas e do planeta.
Dentre as ações do Planeta 50-50, destacam-se novas leis e o fortalecimento de direitos conquistados pelas mulheres.
Outras ações podem incluir a criação de programas para erradicar a violência contra mulheres e meninas, incentivando a participação das mulheres na tomada de decisão, e investir em planos de ação nacionais ou políticas para a igualdade de gênero, criando campanhas de educação pública para promover a igualdade de gênero.
Compromissos do Brasil
O Brasil foi um dos primeiros países a aderir à iniciativa Planeta 50-50 por meio da sanção da tipificação do crime de feminicídio, em março de 2015.
São outros compromissos do país registrados na plataforma global: garantia de que todas as mulheres em situação de violência encontrar proteção e apoio no programa ‘Mulher, Viver sem Violência’; cuidados de saúde materna e assistência às meninas; plano para os cuidados prestados às vítimas de violência sexual por parte de profissionais de segurança pública e de saúde; grupo de trabalho sobre a saúde para as mulheres com deficiência; licença-maternidade para mulheres militares; permissão de registro do nascimento de filhas e filhos sem a presença do pai.
Em setembro de 2015, durante a Reunião dos Líderes Globais, na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a presidenta Dilma Rousseff reiterou a sua responsabilidade com as mulheres brasileiras. “Eu lhes trago uma mensagem de compromisso inabalável e firme para implementação da Plataforma de Ação de Pequim”, destacou Dilma.