O filme Birdman (A inesperada virtude da ignorância) foi o grande vencedor da noite do Oscar, neste domingo, em Los Angeles. A obra conquistou quatro estatuetas, incluindo as de melhor filme, melhor diretor para o mexicano Alejandro González Iñárritu, melhor fotografia e melhor roteiro. Comédia de humor negro, a obra conta a história de um ator (Michael Keaton) – famoso por interpretar um icônico super-herói – enquanto ele faz de tudo para montar uma peça na Broadway. Às vésperas da estreia, ele vai lutar com seu ego e tentar recuperar sua família, sua carreira e ele mesmo.
A noite do Oscar teve de tudo, inclusive o apresentador Neil Patrick Harris de cuecas no palco do Dolby Theater, de Los Angeles, Califórnia, mas teve também o reconhecimento do talento de Julianne Moore (Para sempre Alice) ao interpretar uma paciente de Alzheimer, o que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz. Eddie Redmayne por sua atuação em “A teoria de tudo” conquistou o prêmio de Melhor Ator interpretando o físico Stephen Hawking.
O Brasil que, com o alemão Win Wenders (Sal Terra), concorria ao Oscar de melhor documentário, codirigido por Juliano Salgado e retratando o fotógrafo Sebastião Salgado (pai de Juliano), vai ter que esperar mais um tempo para conquistar uma das disputadas estatuetas. Na categoria em que concorria, o vencedor foi “CitizenFour”, um relato sobre Edward Snowden e os segredos que revelou da espionagem norte-americana em países, inclusive o Brasil, cujos e-mails e ligações telefônicas do Palácio do Planalto eram monitorados ferindo a nossa soberania num claro desrespeito às regras da diplomacia internacional.
Já “O grande Hotel Budapeste” conquistou quatro Oscars, mas todos em categorias técnicas, que agora pode exibir em sua recepção como forma de atrair “hóspedes” às salas do cinema, engrossando ainda mais a sua bilheteria. Boyhood (da infância à juventude), apontado como favorito ao retratar a evolução real – levou 12 anos para ser filmado – de uma criança que se torna adolescente, teve de se contentar apenas com o Oscar de melhor atriz coadjuvante para a bela Patricia Arquette.