Fonte policiais francesas afirmaram hoje (14) que os atentados terroristas desta sexta-feira (13) à noite, em Paris, causaram pelo menos 127 mortos. Há 180 feridos, 80 dos quais em estado crítico. Oito terroristas, todos com coletes de explosivos, atacaram sete locais, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde ocorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha. Segundo a polícia, os oito terroristas foram mortos em operações de segurança.
A França decretou o estado de emergência e fechou as fronteiras para controlar a saída de entrada de pessoas. O presidente François Hollande classificou os acontecimentos dessa sexta como “ataques terroristas sem precedentes no país”. A presidenta Dilma Rousseff declarou em rede social tratar-se de uma barbárie e se mostrou chocada com os atentados, assim como o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama. A China também condenou os atos terroristas que atingiram a capital francesa. As primeiras informações dão conta de o Estado Islâmico assumiu a autoria em retaliação à ingerência da França na guerra civil síria, que tem expulsado desse país milhares de pessoas que buscam abrigo na Europa.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou na sexta-feira, 13, diante dos primeiros relatos os ataques terroristas “desprezíveis” ocorridos em vários locais e em torno de Paris, na França. “O secretário-geral confia em que as autoridades francesas farão tudo em seu poder para trazer os responsáveis à justiça rapidamente”, disse o comunicado da ONU. “O secretário-geral estende suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja uma rápida recuperação aos feridos. Ele está com o Governo e o povo da França”, acrescentou.
Em um outro comunicado, o Conselho de Segurança da ONU também condenou fortemente o que o órgão de 15 membros classificou como ataques terroristas “bárbaros e covardes”.
Estes foram os atentados mais sangrentos na Europa desde os ataques em Madrid, em 2004. Oficialmente, os atentados ainda não foram reivindicados. “Esta terrível provação (…) sabemos de onde vem, quem são estes criminosos, que são estes terroristas”, afirmou Hollande.
O ministério do Interior francês pediu, em comunicado aos parisienses, que se mantenham em casa, e divulgou um número de informações ao público. “As pessoas que se encontrem em casa, em casa de amigos, ou em instalações de trabalho na região parisiense, devem evitar sair, salvo em caso de necessidade absoluta”, de acordo com a página do ministério na internet. A prefeitura de Paris já havia feito essa mesma recomendação ainda na noite de ontem, tendo cancelado também várias linhas de metrô, trem e ônibus que levam aos locais que foram foco dos atentados. As autoridades francesas criaram uma plataforma online para reunir testemunhos que possam ajudar nas investigações. (Da redação com Agência Brasil)