A moda de passar creme de avelãs com chocolate (pouco) no pão no café da manhã não pegou no Brasil, mas é uma febre entre europeus que a inventaram por escassez de chocolate no período de guerra, como a família Ferrero, de Nutella. Os americanos levaram esse produto para casa depois e se apaixonaram por ele, os australianos seguiram a receita. E Mondelez, dona da marca Kraft, fez o seu substituindo as avelãs pelas nozes, para concorrer com Nutella, conquistou a liderança de mercado na Austrália e dormiu em berço esplêndido nos últimos cinco anos, mas decidiu voltar porque outros concorrentes ameaçam a sua soberania num território que, no mundo todo, Nutella reina soberana, com avelãs e cacau.
A liderança de mercado costuma deixar marcas acomodadas por longos períodos, então vez por outra resolvem voltar ao cartaz. É o que está fazendo Mondelez nesse início de ano, com campanha integrada criada pela JWT Melbourne (assim porque lá o Walter Thompson ainda não voltou ao cartaz como aqui, aguardem…) com seu produto. Quer deixar os consumidores com água na boca como demonstra o filme que é o abre-alas de um esforço que também inclui digital, sobretudo redes sociais, e também, é claro, o velho e bom ponto de venda.