A edição de hoje do jornal The New York Times traz a relação de todos (absolutamente todos) os mais de 50 mil participantes da Maratona de Nova York realizada ontem, 1º, devendo resultar, segundo estimativas deste prestigiado jornal em impacto de US$ 415 milhões na cidade por meio de turismo, hotelaria, alimentação e, é claro, as famosos compras. É o início de uma temporada de festas, portanto, para cadeias de lojas que têm na cidade o seu símbolo máximo como Macy’s e Bloomingdale’s, ambas pertencentes ao poderoso grupo Federated Department Stores. Só em impostos, para alegria do prefeito Bill de Blasio, na foto que ilustra essa reportagem comandando a largada dos paratletas cadeirantes, a maratona deve render US$ 22,2 milhões.
Os quenianos Stanley Biwott vencedor da prova masculina e Mary Keitany conquistaram o pódio principal da disputa, sendo que ela comemorou a façanha do bis, o bicampeonato, por dois anos seguidos e o encurtamento da distância, agora de 8 a 7, que separa as medalhas do seu país das amealhadas com suor e esforço pelas norte-americanas. Ainda assim, a Noruega segue na frente do quadro de medalhas femininas com 10 no total. Stanley Biwott também diminuiu a diferença do Quênia em relação aos Estados Unidos, que agora é de apenas 14 a 12 medalhas. Passo a passo, com passos largos, os quenianos que também dominam no Brasil a São Silvestre, vão conquistando os pódios do mundo. Amanheceram no topo de Nova York como verdadeiros campeões.
Um dos mais importantes eventos do calendário mundial de atletismo, a Maratona de Maratona de Nova York conta com o patrocínio da indiana Tata Consultancy Services (TCS), empresa com atuação em todo o mundo, inclusive no Brasil, que integrou a sua marca ao evento que congrega corredores de mais de 120 países e difunde a imagem de Nova York para o mundo. Hoje, os quenianos são o destaque da sempre aguardada edição de The New York Times, que garante extraordinária venda no dia seguinte à competição. É dia também dos mais vaidosos subirem ao topo do Empire State para, portando uma medalha – pois todos os participantes ganham uma – tirarem foto e a estamparem na capa de uma revista Time como recordação, para a posteridade. Faz parte do ritual, assim como as atuais selfies que asseguram aquela sensação concreta do eu estive lá.